Após a aprovação da Diretiva relativa ao Desempenho Energético dos Edifícios (EPBD), torna-se imperativo considerar a implementação das novas medidas estabelecidas na reformulação deste documento.
Para Nelson Lage, presidente da ADENE, «há que envolver cedo os diversos agentes do setor da construção, escutando as preocupações e pedindo-lhes contributos objetivos para as diversas matérias da EPBD nas quais tenham especial competência», refere à Edifícios e Energia, reconhecendo que a directiva tem sido «um importante instrumento legal» para a melhoria dos edifícios a nível nacional.
Num contexto de procura pela sinergia entre os diversos intervenientes do setor, Nelson Lage destaca a determinação da ADENE em contribuir para este processo «de forma integrada».
A futura EPBD trará consigo vários desafios para os Estados-Membro e Portugal não será excepção. Para o presidente da ADENE, o maior dos desafios será a implementação dos Planos Nacionais de Renovação dos Edifícios «pela sua abrangência, complexidade e integração da grande maioria dos requisitos e instrumentos da EPBD até 2050».
Nelson Lage salienta ainda o estabelecimento de edifícios de emissões zero como novo standard, os padrões mínimos de desempenho energético para edifícios não residenciais – ou as trajetórias de melhoria obrigatórias desse desempenho nos edifícios de habitação – e a introdução da visão de ciclo de vida nos edifícios com o cálculo do Potencial de Aquecimento Global e a definição dos seus limites.