Reabilitação Urbana

Mercado do Bolhão agora “é para sempre”

Mercado do Bolhão agora “é para sempre”
Fotografia @Miguel Nogueira. www.porto.pt

Há quatro anos que comerciantes e fregueses aguardavam pela reabertura do Mercado do Bolhão. A obra de restauro e modernização do mercado do Bolhão está concluída e culminou esta quinta-feira, dia 15 de setembro, com a reabertura ao público e sob a nova marca “Bolhão. É para sempre”.

O emblemático edifício é devolvido aos vendedores e à cidade fiel à sua natureza, um mercado de frescos, mas munido de novas valências necessárias para assegurar a posição do Bolhão como património económico, social e cultural da cidade.

Alma deste mercado, estão de regresso os vendedores, às 81 bancas, instaladas no miolo central. No piso superior surgem 10 novos espaços, reservados para a restauração, e no exterior 38 lojas. Novas dinâmicas que emergem neste novo capítulo da história do Bolhão.

O restauro e modernização do Mercado do Bolhão era uma intervenção desejada há muito tempo pela cidade e por vários autarcas, mas só em 2015, sob a liderança de Rui Moreira, saiu do papel. No final de 2016 era lançado o concurso público internacional daquele que é um dos projetos-âncora da cidade. Em 2018 a obra era consignada.

O projeto foi confiado ao arquiteto Nuno Valentim e a empreitada de restauro e modernização foi adjudicada ao agrupamento Alberto Couto Alves S.A e Lúcio da Silva Azevedo & Filhos S.A, por 22,379 milhões de euros, no entanto, veio a custar mais 15% do que inicialmente previsto, passando para cerca de 26 milhões de euros.

Uma obra complexa que contemplou não só o desvio de cursos de água, mas também a criação de uma cave de cargas e descargas, com capacidade para a circulação de camiões; a ligação entre as ruas de Sá da Bandeira e a rua Alexandre Braga; a construção de um túnel que liga a rua Alexandre Braga à cave logística; e a ligação ao metro.

Um trabalho de engenharia e de reforço estrutural impressionante, a que acresce um trabalho de restauro de grande mestria, visível nos torreões, florões e dentilhões do mercado. Soma-se o trabalho de produção de réplicas perfeitas das caixilharias originais das montras das lojas exteriores do mercado. A cobertura foi revestida com soletos de ardósia e as substituições limitadas às peças estruturais degradadas. A fachada foi toda ela reabilitada e a cor original do edifício recuperada.

Renovado, o edifício aguarda agora pela azáfama de um mercado que vive de gente.

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