O comportamento do setor da construção em Portugal tem vindo a acompanhar o crescimento da economia, com todos os indicadores positivos nos vários segmentos.
A Informação Rápida da Conjuntura da Construção, agora divulgada pela AICCOPN e pela AECOPS, destaca que a estimativa do PIB relativa ao 3º trimestre aponta para um aumento de 4,2% em termos homólogos e de 2,9% face ao trimestre anterior, o que reflete o contexto de diminuição gradual das restrições impostas com a pandemia.
Em paralelo, até ao final do mês de setembro, o consumo de cimento no mercado nacional atingiu cerca de 2,9 milhões de toneladas, mais 6,6% face a igual período de 2020.
As licenças de construção emitidas pelas autarquias nos primeiros 8 meses do ano aumentaram 10,3% em termos homólogos, valor fortemente influenciado pela construção nova, cujas licenças registaram uma subida de 12,4%. A reabilitação urbana subiu 4,6% em termos homólogos.
No que diz respeito às licenças de habitação, registou-se também um crescimento mais intenso na construção nova do que na reabilitação, com o número de fogos licenciados em construções novas a subir 11,6%, ao passo que as licenças emitidas para reabilitação de habitações subiram apenas 1,7% face a igual período de 2020.
Por outro lado, o novo crédito concedido a particulares para aquisição de habitação somou os 9.826 milhões de euros até agosto, mais 37,9% que em igual período acumulado do ano passado. Os valores de avaliação bancária continuaram a subir, com um aumento homólogo de 9,6% em setembro.
No que toca às obras públicas, no final do 3º trimestre deste ano, os concursos de empreitadas abertos tinham descido 16,6%, num total de 3.142 milhões de euros. Apesar desta redução, o volume de contratos de empreitadas de obras públicas celebrado e registado no Portal Base até setembro subiu 30,5% para 2.817 milhões de euros.