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Lisboa tem compromisso de reduzir 70% das emissões até 2030

Lisboa tem compromisso de reduzir 70% das emissões até 2030

De acordo com a ONU, em 2030, perto de 60% da população mundial viverá em cidades. É sobre isto que se trata o estudo “Zero emissões: cidades europeias e norte-americanas lideram o caminho da sustentabilidade”, desenvolvido pela Savills: é fundamental que os centros urbanos desempenhem um papel de liderança no que diz respeito ao objetivo de zero emissões.

Atualmente, as cidades consomem 78% da energia mundial e produzem mais de 60% das emissões de gases com efeito de estufa. Os «mercados imobiliários maduros», como é o caso do mercado europeu, devem centrar-se na readaptação para atingir a neutralidade carbónica, refere o estudo. A Europa regista uma taxa de apenas 1-2% de novas construções, resultando na necessidade de atualizar o stock histórico de edifícios.

No que diz respeito à cidade de Lisboa, que em 2018 foi distinguida como Capital Verde Europeia 2020, tem o compromisso de, até 2030, reduzir em 70% as emissões de gases com efeito de estufa face aos valores de 2002. De recordar que Lisboa, Porto e Guimarães, integram a lista das 100 cidades da União Europeia que terão acesso a 360 milhões de euros para atingirem a neutralidade carbónica até 2030, integradas no Programa da Comissão Europeia “Missão Cidades”.

Nuno Fideles, Associate Architect & Sustainability Consultant BREEAM AP da Savills Portugal, alega que «em toda a Europa, a procura de edifícios verdes por parte dos inquilinos levou a um aumento da atividade de desenvolvimento de escritórios, tendo o development pipeline em 2021 aumentado em 24%. A descarbonização de edifícios já está a ser impulsionada por mais proprietários, investidores imobiliários e empresas, não apenas para ajudar a arrefecer um planeta em aquecimento, mas também porque o seu próprio sucesso depende disso».

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