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Sustentabilidade ambiental e económica tem de estar também na construção



                      Sustentabilidade ambiental e económica tem de estar também na construção

No decurso da segunda sessão do ciclo de conferências da Semana da Reabilitação Urbana de Lisboa 2022, a “Economia Circular e Sustentabilidade na construção” foi o objeto de escrutínio da sessão.

O crescimento da população é notório, por conta disso, de acordo com Isabel Martins, investigadora da LNEC, «há um grande trabalho a se fazer em termos de reabilitação, para satisfazer as necessidades humanas. O consumo excessivo existente exige uma maior eficiência no uso dos recursos». Para isso, é necessário «recorrer à conceção modular» que permite «construir melhor e reduzir a construção nova». Sendo que «os atuais métodos de construção dificultam a recuperação de materiais e elementos, permitindo assim uma fácil contaminação com materiais perigosos» a «desconstrução de edifícios reduziria a quantidade de resíduos produzidos. Assim haverá um desenvolvimento sustentável, melhorando a eficiências dos recursos».

Ávila e Sousa, Diretor Técnico e Marketing do Grupo Preceram, reitera que «nós na indústria temos de encontrar soluções» para o aumento dos preços dos produtos, «que têm aumentado quatro vezes mais». Para o orador da sessão «hoje o consumidor necessita de esta poupança energética associada à sua segurança e saúde. Por exemplo, 75% da energia perde-se pela envolvente opaca».

Aquando do tópico da economia circular, Nuno Marques, Diretor Comercial da Construtora Udra, salienta que é uma «temática muito debatida, é preciso o envolvimento de todos. É preciso pensar na raiz do problema. Por exemplo, quando falamos nos resíduos, falamos também no desperdício». Para Manuel Brites, Owner da ECOCIAF, há que «reciclar o máximo possível» defendendo que «tem que ser feita uma recolha seletiva dos materiais».

Diogo Pinto Gonçalves, Managing Director da Westport International, alega que «todo este processo começa no projeto. Temos de desenvolver projetos que não tenham áreas desperdiçadas. Temos de fazer projetos mais flexíveis, reduzindo os consumos de CO2 com novos materiais que vão ser incorporados. A construção modular é o processo que devemos seguir no futuro, permite uma fácil desconstrução e construção do edifício. Em Portugal, estamos presos a uma legislação que castra bastante a adaptação da forma de uso e dos materiais».

Francisco Antunes, Chair da Urban Land Institute Portugal, refere que é importante termos em mente que «vamos passar de um modelo de economia linear para um de economia circular: é uma mudança profunda não vai com incrementos», assinalando que «em Portugal não temos o sentido de emergência, senão fizermos as coisas, alguém vai fazer por nós. Temos uma indústria conservadora, é necessário encontrar soluções para começarmos a construir casas cá em vez de trazermos de outro lado».

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