De olhos postos no futuro e com foco na continuação da regeneração da cidade, o novo Plano Diretor Municipal (PDM) do Porto preconiza um grande conjunto de projetos estruturantes. Alguns já em curso e outros com arranque previsto para breve, pretendem não só alavancar o investimento privado, mas também potenciar a atratividade da cidade.
Para apresentar as linhas estratégicas do novo PDM, foi convidado da Semana da Reabilitação Urbana do Porto, o Vereador do Urbanismo da Câmara Municipal do Porto, Pedro Baganha, que dá conta de «uma cidade em desenvolvimento».
Começando pelo centro da cidade, Pedro Baganha destacou a reabilitação do Mercado do Bolhão e que se encontra a «poucos meses da abertura». Sem esquecer o papel dos privados, referiu também os projetos do Quarteirão da Casa Forte, futuro empreendimento Bonjardim, promovido pela Avenue.
De grande impacto é também o investimento público da Metro do Porto na linha Rosa e que pretende facilitar a mobilidade na cidade.
Outra área da cidade onde está previsto um forte investimento, mais uma vez público e privado, será na Lapa, numa zona que se estende desde a Escola Carolina Michaelis até ao Largo da Lapa e Praça da República. Desde um novo hotel, passado por habitação e espaços públicos de qualidade, como por exemplo, um jardim, tudo está previsto para relançar esta zona.
As novidades chegam até à freguesia de Ramalde onde estão previstos alguns dos grandes empreendimentos residenciais destinados à classe média e a construção de um «parque linear», numa zona próxima do edifício da futura sede da Liga de Futebol. Pedro Baganha confirmou ainda que a autarquia pretende avançar com a «renovação do espaço público na Zona Empresarial de Ramalde».
Para a Asprela, zona predominantemente universitária, o Município reserva a criação de espaços verdes, realçando que a oferta de residências universitárias tem aumentado expressivamente, sobretudo, através do investimento de privado.
Por fim, a zona oriental da cidade, Contumil e Campanhã, que alavancada pelo investimento público em projetos como o Terminal Intermodal de Campanhã e parcerias entre o público e o privado, tais como o Matadouro, tem conquistado a atenção dos investidores e promotores imobiliários nacionais e internacionais.
Uma cidade para viver, trabalhar e desfrutar
Esta conferência seguiu com a participação de Miguel Cunha, Finance & Strategy Manager Reify que falou numa «visão de cidade», destacando «a importância da mobilidade suave, dos serviços, do ambiente e dos transportes de massas» no crescimento sustentável da cidade.
A mesa de debate foi moderada por Claúdia Beirão Lopes, Head of Licensing & Urban Planning da REIFY, e contou com a participação de alguns dos principais protagonistas dos grandes investimentos que estão a ser realizados no Porto. Desde logo Vítor Pinho, CEO da Mota Engil Real Estate que em parceria, «uma parceria virtuosa» com o Município, tem em curso a reabilitação do Matadouro do Porto.
Também a Quantico, representada pela sua Administradora Graça Medina, marcou presença neste debate para apresentar o megaprojeto habitacional Antas Atrium. Em construção nos terrenos do antigo estádio das Antas, «o Antas Atrium é uma grande âncora, um marco para a cidade», referiu. São mais de 1.100 apartamentos a desenvolver durante os próximos oito anos e que a Quântico/Albatroz apresenta «como um novo luxo de vida acessível ao mercado doméstico», disse.
Presente na ocasião esteve também Artur Varum, CEO da Civilria, que destacou o projeto ICON, destinado a escritórios e a ‘apartments service’ e localizado perto da Boavista. Nascido num terreno até aqui abandonado, este edifício teve tão bons resultados na comercialização que a segunda torre, ainda em início de construção, «já tem contratos firmados».
O balanço da conferência «Os projetos mobilizadores no novo PDM do Porto» não podia ser feito de melhor forma do que pelas palavras de Álvaro Carvalho, Member of the Board of Directors da Pluris: «quando se falava em imobiliário, falava-se em Lisboa. O Porto tem poucos anos no mercado. E o quanto andou nestes poucos anos!».