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Grande Porto tem em pipeline 95.000 m2 de escritórios

Grande Porto tem em pipeline 95.000 m2 de escritórios

«A cidade e a região passaram o teste da pandemia. Continuamos a captar investimento e a atrair talento», afirmou Ricardo Valente, Vereador do Pelouro das Finanças, Economia e Emprego e do Pelouro de Turismo e Comércio da Câmara Municipal do Porto, que falava na tarde do dia 25 de novembro, na Semana da Reabilitação Urbana do Porto.

De acordo com Graça Cunha, Offices & Retail, Associate Director da Predibisa e Isabel Rocha, Offices & Industry, Senior Consultant da Predibisa, no Grande Porto, estão 95.000 m² de escritórios em pipeline de construção, dos quais 23.500 m² já estão ocupados. São espaços de trabalho preparados para responder a uma procura mais exigente, e que quer edifícios mais sustentáveis, com mais facilidades de mobilidade e melhores infraestruturas. Espaços com elevados padrões de conforto que competem a nível europeu.

Na opinião de Graça Cunha, «neste momento, o Porto tem um mercado consolidado e tem, inclusive, espaço para uma evolução do preço das rendas».

Escritórios do Porto é um mercado com futuro

A conferência ‘A oportunidade de investir em escritórios no Porto’ seguiu com uma mesa de debate moderada por João Nuno Magalhães, Chairman da Predibisa, e que contou com as participações de Ricardo Valente, Pedro Coelho, Vice-Chairman da Square Asset Management; João Cristina, Country Manager da Merlin Properties; Alejandro Oliveira, Diretor Comercial da Civilria; Manuel Puerta da Costa, Board Member da APFIPP e Alexandre Fernandes, Managing Director, Developments Europe da Sonae Sierra.

Na opinião de Pedro Vicente «a mudança no Porto foi muito grande. Começou pela zona da Baixa e pelo turismo e expandiu para novas zonas e para a atração da indústria tecnológica. Com o impulso da Universidade do Porto, temos muitas empresas de tecnologia que querem vir para o Porto porque aqui encontram talento».

Esta dinâmica espelha-se, por exemplo, no sucesso do ICON o mais recente projeto de escritórios da Civilria. «Uma torre de escritórios, em construção, e em que seis pisos já estão colocados», contou Alejandro Oliveira.

Ainda sem presença no Porto, a Merlin Properties reconhece a oportunidade: «ainda não estamos presentes porque definimos como prioritários os mercados tradicionalmente mais consolidados, como são Barcelona, Madrid e Lisboa. Mas, espero poder investir no Porto nos próximos anos», afirmou João Cristina.

A desafiar a pandemia, «a Sonae Sierra está a iniciar um novo ciclo» com a «aposta na expansão do negócio de gestão de fundos de investimento e no alargamento da atividade de promoção imobiliária para além do setor do retalho», contou Alexandre Fernandes.

A terminar o debate, as últimas considerações foram sobre o enquadramento legal nacional. «Estamos a competir com outras localizações. É essencial que tenhamos isso presente quando olhamos para o nosso regime laboral, fiscal e, em particular, tributário, quer sobre as empresas quer sobre o rendimento. Não estamos sós. Estamos a competir com outras localizações» rematou, concluindo, João Cristina.

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