Prosseguindo o seu plano de revitalização do Príncipe Real, que iniciou há quase vinte anos, a Eastbanc Portugal tem neste momento oito novos projetos em carteira naquele bairro lisboeta, entre habitação, student housing, hotelaria e escritórios. «Vamos investir 70 milhões de euros nos próximos três anos, repartidos por estes oito projetos, os quais se encontram em diferentes fases de desenvolvimento», revelou esta semana o CEO da empresa, Tiago Eiró, na apresentação do novo Anjos Urban Palace.
Localizado na rua da Escola Politécnica, no local onde anteriormente funcionaram os escritórios do Banco de Portugal, o Anjos Urban Palace é uma peça chave no plano da Eastbanc para levar adiante o modelo da cidade dos 15 minutos no Príncipe Real. «Acreditamos no conceito da cidade dos 15 minutos e achamos que, felizmente, neste momento o bairro já tem bastante habitação e comércio, estando a faltar espaços de escritórios com qualidade, para que as pessoas possam também aqui vir trabalhar. E, por isso, alterámos os planos que tínhamos para este edifício, mantendo o seu uso de escritórios, como tem vindo a ser nos últimos dez anos, ao invés de o reconvertermos em habitação, como inicialmente tínhamos planeado», explicou o responsável.
Assim, a partir de um projeto gizado pelo ateliê de Eduardo Souto Moura, o antigo palacete será totalmente reabilitado, com os seus mais de 3.500 m² de área de construção a darem lugar a uma área bruta locável (ABL) de 2.050 m² de escritórios e mais 1.200 m² de retalho, complementados pela requalificação dos jardins existentes na traseira do edifício.
«É um projeto com uma exclusividade e localização ímpares», considera Tiago Eiró, sublinhando que «estamos a criar um edifício com uma grande flexibilidade, de modo que hoje possa ter um uso e no futuro outro». Entre outras particularidades, «terá uma área com mais de 600 m² vocacionada para receber um restaurante e um grande jardim, que irá funcionar como uma espécie de prolongamento do Jardim Botânico, mas a uma quota diferente. Todos os escritórios terão varandas para os jardins, na parte de trás, partir do qual terão acesso direto e onde será criado um parqueamento de bicicletas, cacifos e balneários», conta o responsável. Além disso, realça, «o projeto está a concorrer para a obtenção da certificação BREAM-in- Construction com a classificação Excellent, o que atesta a sua qualidade e toda a preocupação com a sua sustentabilidade».
Fruto de um investimento de 7 milhões de euros (excluindo custos de aquisição), a obra já está a decorrer desde junho passado, prevendo-se que fique concluída no início do verão de 2025. A comercialização dos espaços arranca agora, tendo sido entregue à Savills e à CBRE.
«Estamos a criar cidade»
Detentora de um património avaliado em mais de 115 milhões de euros só na cidade de Lisboa, distribuído por cerca de 20 edifícios na zona do Príncipe Real, a Eastbanc assume-se como «especialista em reabilitação» e está focada em «acabar de reabilitar tudo o que já temos em carteira».
Mas, os planos de futuro não se ficam por aqui, e a ideia é chegar a outras zonas da capital, revelou o responsável. «Estamos a criar cidade» e «há muito património que falta reabilitar» em Lisboa, pelo que «acreditamos que podemos ter uma palavra a dar em várias outras áreas». Saiba quais na próxima edição da revista Vida Imobiliária.