O antigo complexo industrial da Companhia Aurifícia do Porto, em Cedofeita, vai ganhar uma nova vida. Será totalmente reabilitado e transformado em 122 habitações, escritórios, comércio e uma nova rua. O projeto está atualmente a tramitar nos serviços de urbanismo da Câmara Municipal do Porto.
De acordo com a Lusa, este complexo industrial insere-se num terreno com uma área de mais de 19.000 metros quadrados, e inclui a criação de uma nova via de ligação da rua dos Bragas à rua Álvares Cabral, dividindo esta área em duas parcelas, que estão a ser licenciadas em dois projetos distintos. Esta rua terá circulação viária, ciclável e pedonal, com trânsito automóvel condicionado, previsto apenas para veículos de forças de segurança e proteção civil. Adicionalmente, 400 metros quadrados de área serão cedidos ao domínio público para áreas verdes.
Citada pelo Público, a agência recorda que a Câmara Municipal do Porto aprovou a 21 de fevereiro um Pedido de Informação Prévia (PIP) para a “criação de duas parcelas destinadas a comércio, serviços e habitação”. A memória descritiva anexada refere que uma das parcelas prevê a reabilitação de 6 edifícios classificados como Conjunto de Interesse Público, dois para habitação, outro para serviços, outro para escritórios e um outro que, pela sua “espacialidade única”, vai ser transformado num restaurante.
Dois edifícios existentes, que até agora funcionavam como armazéns e garagens, voltados para a rua Álvares Cabral, vão dar origem ao sexto edifício previsto, também para escritórios ou comércio, mantendo a sua fachada, mas reconstruindo o interior.
Na outra parcela de terreno, atravessada pelo manancial de Paranhos, serão construídos dois novos edifícios para habitação. O projeto prevê também a criação de estacionamento privado enterrado, com capacidade para 252 viaturas.
A arquitetura é assinada pelo gabinete Ventura + Partners, e o dono de obra é a Companhia Aurifícia - Sic Imobiliária Fechada, S.A., uma sociedade detida por Vasco Pacheco Couto.
Conforme a informação que a autarquia avançou à Lusa, “o projeto de arquitetura (de ambas as parcelas) não foi aprovado e encontra-se a aguardar os pareceres de entidades externas e serviços municipais".