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«Ainda assistimos a muita falta de informação sobre eficiência energética»

«Ainda assistimos a muita falta de informação sobre eficiência energética»

A sessão “Novas Regras para a Eficiência Energética de Edifícios”, coorganizada pelo Portal da Construção Sustentável, que decorreu a 25 de novembro, parte da Semana da Reabilitação Urbana do Porto, evidenciou que a procura pela imagem do edifício novo continua a sobrepor-se à procura por durabilidade e pela origem dos materiais.

«O projeto de arquitetura começa com a projeção do edifício, no entanto o ideal é pensar no futuro e na desconstrução desse edifício também, ou seja, considerar a reutilização de componentes», defende a Arq. Aline Guerreiro, CEO do Portal da Construção Sustentável.

A opinião foi unânime entre os membros do painel de discussão desta sessão – Eng. Cristina Cardoso, AICOPN; Ávila e Sousa, Diretor Técnico do Grupo Preceram; e Arq. Gabriel Andrade, Ordem dos Arquitectos (OA) – um bom projeto envolve a colaboração entre diferentes profissionais, e com o lançamento de um novo decreto-lei esta colaboração ganha especial relevância.

Estabelecer uma rede para formar pessoas proactivas na área da eficiência energética é já uma prioridade para a OA, e o Arq. Gabriel Andrade sublinha que o principal objetivo de um arquiteto não consiste em elaborar traços, mas sim melhorar a qualidade de vida das pessoas.

Por seu turno, a Eng. Cristina Cardoso ressalva a importância de qualificar pessoas e em simultâneo diferenciar empresas. Sobre este último ponto, destaca que o papel da entidade reguladora deve ser mais abrangente, porquanto o alvará não deve ser o mínimo...a exigência de qualificação e especialização deve ser o novo parâmetro base.

Sobre a legislação para a eficiência energética dos edifícios, o painel, em conjunto com diversos engenheiros e arquitetos presentes na plateia, partilha o sentimento de que o período para análise e posterior envio de comentários sobre o novo decreto-lei deveria ser mais longo. Tal como não é suficiente ter bons materiais se depois esses forem mal aplicados, tão pouco importa ter legislação nova se a sua estabilidade e metodologia não for clara e resultar em intervenções que comprometam a autenticidade do património.

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