As recentes previsões de Primavera da Comissão Europeia reviram em baixa as perspetivas de crescimento do investimento em construção em Portugal para os anos de 2024 e 2025. Para este ano, a estimativa passou de 2,9% para 2,5%, enquanto para 2025, passou de 3,3% para 2,8%.
Além disso, os dados das Contas Nacionais Trimestrais divulgados pelo INE para o primeiro trimestre de 2024 indicam um início lento deste indicador, com variações de 0,9% em termos homólogos e uma queda de -0,3% em relação ao trimestre anterior.
De acordo com a Conjuntura da Construção da AICCOPN, no que concerne à área licenciada pelas Câmaras Municipais, nos primeiros três meses de 2024, assistiu-se a uma expressiva redução, em termos homólogos, de 17,6%, nos edifícios habitacionais e de 31,7% nos edifícios não residenciais.
Relativamente ao número de fogos licenciados em construções novas neste período, verificou-se uma contração de 20,3%, em termos homólogos, para um total de apenas 7.222 alojamentos quando, há um ano, este número ascendeu a 9.060.
Quanto à avaliação da habitação para efeitos de crédito bancário, no mês de março, observou-se um aumento de 6,5%, em termos homólogos, para 1.580 euros por metro quadrado. Quanto aos custos de construção de habitação nova registou-se, naquele mês, um aumento do índice de 2,3%, em termos homólogos, em resultado de variações de -1,1% na componente dos materiais e de +6,9% na componente referente à mão de obra.
No que diz respeito ao mercado das obras públicas, nos primeiros quatro meses deste ano, verificou-se um crescimento de 18,7%, em termos de variação homóloga temporalmente comparável, no valor dos contratos de empreitadas, celebrados e registados no Portal Base, que totalizaram 1.050 milhões de euros.