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Forte dinamismo do imobiliário reflete-se em mais transações e licenças



                      Forte dinamismo do imobiliário reflete-se em mais transações e licenças
Fotografia de partystock, Freepik.

Entre abril e junho, o mercado habitacional evidenciou uma dinâmica particularmente intensa. Segundo dados do INE, foram transacionados 42.889 alojamentos, mais 5.764 do que no mesmo período de 2024, o que traduz um aumento de 15,5%.

De acordo com a Conjuntura da Construção da AICCOPN, divulgada esta quinta-feira, o valor global das transações atingiu 10.270 milhões de euros, um crescimento expressivo de 30,4%. No mesmo trimestre, o Índice de Preços da Habitação atingiu também um novo máximo histórico, ao registar uma variação homóloga de 17,2%. Em comparação com o trimestre precedente, observou-se ainda uma evolução de 4,7%, confirmando a tendência de valorização acelerada dos preços residenciais, já observada em trimestres anteriores.

O forte dinamismo do mercado imobiliário encontra expressão também na evolução dos processos de licenciamento. Nos primeiros sete meses deste ano, as autarquias emitiram um total de 15.846 licenças, mais 1.445 do que em igual período de 2024, correspondendo a uma variação homóloga de 10%.

Quanto à área licenciada em edifícios, até julho observou-se um crescimento acumulado de 18,1% no segmento habitacional, em contraste com uma expansão mais moderada de 2,1% no caso dos edifícios não residenciais. Em paralelo, o mercado de crédito à habitação tem vindo a registar um crescimento expressivo ao longo de 2025. Excluindo renegociações, o montante de novo crédito apresentou, em agosto, uma variação homóloga acumulada de 37,7%.

No mercado das obras públicas, os indicadores evidenciam uma trajetória de forte crescimento da atividade. Até agosto, o montante total dos concursos de empreitadas promovidos ascendeu a 7.915 milhões de euros, mais 28% do que em igual período de 2024. No mesmo período, o valor das empreitadas com contratos celebrados e registados no Portal Base atingiu 3.948 milhões de euros, correspondendo a um acréscimo homólogo de 48%.

A AICCOPN sublinha também que o consumo de cimento no mercado nacional totalizou 2.656,9 mil toneladas até agosto, refletindo uma variação homóloga acumulada negativa de 1,6%. Uma evolução que contrasta com o dinamismo verificado tanto no mercado residencial como nas obras públicas, sugerindo que a atividade do setor não tem tido um reflexo proporcional no consumo deste material essencial.

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