O setor da construção em Portugal tem mantido globalmente a sua trajetória sustentada de crescimento, com a maioria dos indicadores setoriais de procura e de produção a registar variações acumuladas positivas. É o que mostra a informação estatística disponível até ao final de agosto analisada pelo relatório Conjuntura da Construção – Informação rápida, da AICCOPN e da AECOPS.
O documento destaca que se observam crescimentos «significativos» das transações de alojamentos familiares nos primeiros seis meses deste ano, quer face a 2020, quer face a 2019. Os 96.612 alojamentos familiares transacionados no 1º semestre de 2021 correspondem a aumentos de 25,6% e de 11,8%, face ao mesmo semestre de 2020 e de 2019, respetivamente.
Por outro lado, o montante das transações de casas somou os 15.494 milhões de euros no 1º semestre, variações de 30,2% e de 27,1%, face ao mesmo semestre de 2020 e de 2019, respetivamente.
Já as licenças de construção emitidas pelas autarquias nos primeiros 7 meses do ano subiram 11% em termos homólogos, em resultado de variações de 12,6% na componente dos edifícios habitacionais e de 7,3% na componente referente a edifícios não residenciais. O licenciamento de habitações novas subiu 12,3% em termos homólogos, num total de 16.343 habitações.
O índice de preços da habitação subiu 6,6% no 2º trimestre, face a igual período do ano passado. E os valores de avaliação bancária na habitação mantiveram-se em máximos históricos, com um aumento de 8,2% em agosto.
Nota ainda para a abertura de concursos de empreitadas de obras públicas de 2.916 milhões de euros até agosto, menos 15% que no ano passado. A AECOPS e a AICCOPN destacam no seu relatório que «porém, as empreitadas de obras públicas objeto de celebração de contrato e registo no Portal Base nos primeiros oito meses de 2021 totalizam 2.617 milhões de euros, o que traduz um aumento de 42,6%, consolidando uma trajetória positiva no que diz respeito ao volume de empreitadas de obras públicas contratadas», pode ler-se.