A Schneider Electric lançou uma investigação na qual concluiu que aplicar controlos baseados na ocupação em salas de reuniões conduz a uma redução média de 22% na utilização de energia operacional e nas emissões de carbono. A conclusão faz parte do novo white paper da empresa, intitulado “Reduce carbon in the real world: Occupancy setbacks deliver big impact for commercial offices”, que demonstra o impacto positivo da tecnologia de edifícios inteligentes e propõe soluções eficientes para empresas sem necessidade de grandes obras de reabilitação.
A investigação identificou vários benefícios da implementação desta tecnologia nos edifícios comerciais. Os controlos baseados na ocupação permitem que as salas de reuniões permaneçam em estado de repouso durante 76% do horário de expediente, reduzindo o consumo de energia ao minimizar a utilização de AVAC, iluminação e tomadas.
Durante um período de quatro semanas, a análise comparou dias úteis de alta e baixa ocupação, concluindo que os dias com menor ocupação registaram uma redução de 22% na energia operacional e nas emissões de carbono.
O custo da implementação de sensores avançados pode ser recuperado em cerca de dois anos apenas com as poupanças energéticas das salas de reuniões, mas se forem considerados outros elementos do AVAC, como unidades de tratamento de ar, o retorno poderá ser ainda mais rápido.
Apesar da otimização do consumo, os níveis de CO₂, humidade relativa e compostos orgânicos voláteis mantiveram-se dentro dos padrões saudáveis recomendados, assegurando o bem-estar dos ocupantes.
O estudo foi realizado entre janeiro e fevereiro de 2024 no 150 Holborn, um edifício de escritórios inteligente em Londres, com nove andares e 18.500 metros quadrados. Equipado com o EcoStruxure™ Building Advisor, sensores IoT EcoStruxure™ Connected Room Solutions e um sistema integrado de reserva de salas da Planon, este edifício serviu como modelo para testar as medidas de eficiência energética num contexto real.
A investigação analisou como a deteção de ocupação em tempo real poderia otimizar o condicionamento das salas, reduzindo o consumo desnecessário de energia e mantendo a qualidade do ar e o conforto dos utilizadores. A equipa de investigação focou-se nas salas de reuniões como unidade de medida, uma vez que são espaços comuns a todos os ambientes de escritório, garantindo assim uma ampla aplicabilidade em edifícios comerciais.
«Este estudo é convincente e demonstra como ajustes simples e inteligentes nas configurações das salas podem ter um impacto mensurável na eficiência energética e no carbono, sem comprometer o conforto ou a qualidade do ar», disse Jean-Marc Zola, Building Segments President da Schneider Electric, acrescentando que «estas poupanças não são hipotéticas – baseiam-se em dados do mundo real recolhidos num edifício de escritórios totalmente operacional».