Estudos

Investidores portugueses reconhecem poder do investimento sustentável



                      Investidores portugueses reconhecem poder do investimento sustentável

O estudo Schroders Global Investor Study 2022 inquiriu mais de 23.000 pessoas que investem a partir de 33 locais a nível global. Em primeira instância, ao obter os resultados da inquirição, é de destacar que dois terços dos portugueses inquiridos (66%) acreditam que o investimento sustentável é a única forma de assegurar a rentabilidade a longo prazo, em comparação com 60% das pessoas a nível global.

O estudo revela que, cada vez mais, os portugueses inquiridos estão conscientes de que as práticas de investimento têm um papel importante a desempenhar na abordagem de questões de sustentabilidade global: 67% concorda que o investimento pode impulsionar o progresso em desafios de sustentabilidade, como é o caso das alterações climáticas.

Os inquiridos revelaram também preocupação no impacto que as alterações climáticas podem causar nos seus investimentos: 58% dos investidores locais a salientar que esta é uma preocupação fundamental para eles. De acordo com o estudo, «isto poderia ser um fator que os encorajaria a explorar estratégias de investimento sustentável».

70% dos investidores "especialistas" partilham a opinião de que investir de forma sustentável pode gerar mudanças positivas quando se trata de desafios como as alterações climáticas.

A grande maioria dos inquiridos portugueses, 91% em termos concretos, reconhece a atratividade dos fundos sustentáveis, sendo que 60% destes vêem-nos como atrativos devido ao impacto ambiental mais vasto, que aumentou desde 2021 (52% em 2021). 45% dos investidores portugueses vêem-nos como atrativos devido aos seus princípios societais.

O estudo revela ainda que, de todos os fatores que encorajariam as pessoas a aumentar os seus investimentos sustentáveis, o mais popular foi a capacidade de escolher investimentos alinhados com as suas preferências pessoais de sustentabilidade (57% globalmente e em Portugal).

Para Mario Pires, Head of Portugal, «é de destacar a forma como os objetivos socialmente focalizados estão a ganhar destaque entre os investidores portugueses, que estão empenhados no investimento sustentável, com uma educação de qualidade e a redução das desigualdades que figuram neste estudo como as áreas em que gostariam de ver os seus investimentos terem o maior impacto. Por outro lado, é reconfortante ver a correlação entre o nível de literacia financeira e a confiança no investimento sustentável e que quanto mais um investidor souber, mais confiante estará na capacidade do investimento sustentável tanto para gerar retornos a longo prazo como para contribuir para objetivos ambientais e sociais. Acreditamos que ainda há muito trabalho educativo a fazer, uma vez que quanto mais as pessoas compreenderem os produtos em que investem e o seu impacto na sociedade e no ambiente, mais capital deverá fluir para o investimento sustentável».

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