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«Reabilitar implica planear a utilização futura do Património»



                      «Reabilitar implica planear a utilização futura do Património»
Entrega de diploma de Membro Honorário GECoRPA ao Prof. Vasco Peixoto de Freitas

Neste momento existem cerca de 4500 imóveis classificados como património cultural, os quais estão sujeitos a diversos riscos, como é o caso de: Intervenções desajustadas;

Fenómenos ligados a alterações climáticas (cheias, sismos e incêndios); Abandono/falta de manutenção; Erros de concessão e execução; Falta de qualidade das intervenções; entre outros.

Procurando dar resposta a estes riscos, a sessão “Documento Estratégico para a Conservação e Reabilitação (2020-2030)”, coorganizada pelo GECoRPA, que decorreu a 24 de novembro, parte da Semana da Reabilitação Urbana do Porto, contou com o lançamento de um documento que se estende desde recomendações para a conservação propriamente dita, até um plano para calendarizar intervenções e captar recursos financeiros.

Na esfera económica, o Professor Vasco Peixoto Freitas destaca o facto de, em 2020, apenas 0,3% do orçamento de estado estar alocado ao património, e a necessidade de um plano mais abrangente para o investimento público mantém-se uma vez que a alocação de capital feita no PRR para esta vertente é também insuficiente (150 milhões de euros).

Filipe Ferreira, coautor do documento estratégico, e também presente na sessão, relembra que «o património é uma herança que recebemos dos nossos antepassados», mas recorda igualmente que o interesse dos investidores segue “modas” e no futuro poderá deslocar-se para outras áreas, daí a relevância de um plano estratégico com um horizonte temporal alargado.

Por outro lado, a formação nesta área representa igualmente um pilar onde o Estado pode contribuir, nomeadamente através da criação de programas de incentivo para a partilha de conhecimento entre entidades. De facto, uma das recomendações do GECoRPA assenta no princípio de introduzir cada vez mais conhecimento científico na área, o que por sua vez também pode ser alcançado através da formação de organizações/associações de profissionais, e da promoção de conferências de impacto do património que reúnam organismos públicos, universidade, laboratórios, etc.

O fecho da sessão contou com a entrega de diploma de Membro Honorário GECoRPA ao Prof. Vasco Peixoto de Freitas pelo Eng. Vítor Cóias, um momento de reconhecimento que contou também com o especial agradecimento de Inês Flores-Colen, Presidente do GECoRPA.

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