Dez anos depois de terem sido abandonadas pela Força Aérea norte-americana, mais de 90 casas nos bairros “Nascer do Sol” e “Beira-Mar”, junto à base das Lajes, na ilha Terceira, vão finalmente ser reabilitadas. A obra arranca com um investimento de 11,3 milhões de euros, financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), e deverá estar concluída em outubro de 2026. O lançamento da primeira pedra decorreu no dia 7 de julho. O prazo de execução é de 450 dias, de acordo com o Observador.
As habitações ficaram devolutas em 2015, quando a Força Aérea norte-americana reduziu o contingente militar na base. Em 2018, as infraestruturas – que incluem cerca de 450 casas e uma escola com 5.200 metros quadrados – foram cedidas pela Força Aérea portuguesa ao Governo Regional dos Açores.
O concurso foi lançado em fevereiro de 2025 com um preço base de 12,1 milhões de euros. A empreitada foi adjudicada por 11,3 milhões (mais IVA) a um consórcio, já sob responsabilidade do novo executivo açoriano PSD/CDS-PP/PPM, em funções desde março.
As 92 moradias geminadas, de tipologia T3 e T4, serão alvo de reabilitação e destinadas ao arrendamento com opção de compra. A intervenção inclui melhorias ao nível da eficiência energética, nomeadamente com instalação de bombas de calor e isolamento térmico na cobertura. Está ainda prevista a substituição da rede elétrica e a construção de uma nova estação de tratamento de águas residuais.
Quanto à possibilidade de o atraso poder condicionar o acesso aos fundos do PRR, a secretária regional da Juventude, Habitação e Emprego, Maria João Carreiro, disse estar confiante de que a obra esteja concluída dentro dos prazos previstos. “Nós quando lançámos o concurso foi precisamente com a convicção de que os prazos vão ser cumpridos”, apontou.
Segundo a secretária regional da Habitação, as casas serão disponibilizadas para arrendamento com opção de compra a preços compatíveis com os rendimentos das famílias. “Precisamos dar esperança aos jovens, à classe média. É preciso criar condições para que os jovens e a classe média se fixem na região”, frisou.