Prémio Jovens Arquitectos

Polo de Saúde de Carcavelos e Casa Tâmega vencem Prémio Jovens Arquitectos

Polo de Saúde de Carcavelos e Casa Tâmega vencem Prémio Jovens Arquitectos
Anunciados os vencedores da 3.ª edição do Prémio Jovens Arquitectos.

A celebrar a sua 3.ª edição, o Prémio Jovens Arquitectos recebeu 30 candidaturas, jovens promessas da arquitetura nacional. Esta é uma iniciativa da Vida Imobiliária, em coorganização com os arquitetos Marco Roque Antunes, Paulo Serôdio e Paulo Durão, e que em 2024 contou com o apoio dos arquitetos Begoña de Abajo Castrillo, Hugo Barros e João Quintela na qualidade de membros do júri.

A qualidade dos 30 projetos candidatos ao prémio tornou a escolha do vencedor uma tarefa desafiante para o júri. Assim sendo, a 3.ª edição do Prémio Jovens Arquitectos consagrou dois vencedores: o projeto Pólo de Saúde de Carcavelos, da autoria dos arquitetos Simão Botelho, Joana Jordão, Mário Serrano, Margarida Fonseca, e o projeto Casa no Tâmega, da autoria dos arquitetos Nuno Melo Sousa e Hugo Mendonça Ferreira.

Os galardões foram entregues na última quinta-feira, 11 de abril, no âmbito da Semana da Reabilitação Urbana de Lisboa. «Tivemos uma tarefa difícil, como era de esperar. Procurámos fazer uma seleção que não fosse excessivamente restritiva, abrangendo não apenas projetos de habitação - que constituíram a maioria dos candidatos -, mas também de reabilitação, não nos limitando apenas a obras novas. Além disso, procurámos incluir projetos de encomenda privada, como também projetos provenientes de concursos. Em suma, queríamos chegar a vários tipos de projetos», referiu Hugo Barros, em representação do júri na entrega do Prémio Jovens Arquitectos.

Arquitetos do projeto Pólo de Saúde de Carcavelos.

 

O projeto Pólo de Saúde de Carcavelos constitui uma Unidade de Saúde associada a um novo Espaço Público aberto, dinâmico e inclusivo: um catalizador de vida social pensado para a população local, utentes e funcionários do Polo de Saúde. Os vários serviços desenvolvem-se em torno de uma praça/jardim onde se poderão realizar inúmeras atividades lúdicas, já que inclui, por exemplo, equipamentos infantis, estação de exercício físico, cafeteria, entre outros. A relação do edifício com a envolvente enaltece a sua visibilidade.

Fotografia retirada da página do projeto.

Segundo Hugo Barros, em representação do júri, «é um projeto que reabilita a ideia de espaço público para um edifício público. É de salientar a encomenda pública, e a habilidade dos jovens arquitetos em assumi-la e concretizá-la com sucesso até ao fim».

 

Arquitetos do projeto Casa no Tâmega.

 

Localizado em Favões, Marco de Canaveses, o projeto Casa no Tâmega trata-se de uma casa unifamiliar com 250 metros quadrados de área. Na descrição do projeto por parte dos autores, refere-se que «um trilho abandona a estrada de asfalto em direcção ao bosque. Um volume em betão esculpido com padrões finos e grossos oculta o rio pela imposição da sua horizontalidade opaca. Aproximando-nos, uma entrada alongada introduz-nos a um longo corredor que emoldura meticulosamente as rochas exteriores. Um foco a cada diferente dimensão de uma topografia bruta: o rio, a colina, a pedreira».

Fotografia retirada da página do projeto.

 

Este é um projeto «com uma implantação bastante clara, que evidencia alguns dos desafios da topografia, destacando-se pela forma como é apresentado. A sua materialidade é vincada. Naquela vasta paisagem, a clareza e a simplicidade dão outra força ao projeto», refere Hugo Barros.

Paulo Serôdio, curador do Prémio Jovens Arquitectos, enfatizou na entrega dos prémios que «caminhamos para que este prémio se torne uma referência no cenário nacional, reconhecendo os jovens arquitetos da atualidade. Conseguimos aumentar a diversidade, contando com a participação de uma arquiteta de Espanha, Begoña de Abajo Castrillo, que trouxe uma outra perspetiva para a avaliação».

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