O Palácio Ribeiro da Cunha, conhecido como Embaixada, vai ser convertido pela EastBanc num hotel de 50 quartos. A empresa de promoção e gestão imobiliária vai investir cerca de de 20 milhões, sendo que neste valor estão incluídos apenas os custos com as obras, avançou Tiago Eiró, diretor-geral da EastBanc em Portugal, ao Eco.
Fica ainda por definir a rede hoteleira que será responsável pela gestão da nova unidade, situada em frente ao jardim do Príncipe Real, onde anteriormente estavam estabelecidas várias lojas e um restaurante. A Embaixada vai funcionar como porta principal de entrada do hotel e serão recuperados os edifícios adicionais no logradouro e as antigas cavalariças.
EastBanc com oito projetos em curso
Este é apenas um dos oito projetos em curso da promotora de origem americana, que representam um investimento total de 70 milhões de euros, adiantou Tiago Eiró ao meio em questão. Este ano, a EastBanc vai arrancar com obras de requalificação em dois edifícios na mesma zona de Lisboa: o projeto da Rua da Alegria 76, com 31 apartamentos e moradias numa lógica de build to rent, e o projeto Anjos Urban Palace, onde vai funcionar escritórios e retalho. Este último vai ser apresentado ao mercado em março com as obras a terminar em 2025.
O diretor-geral da EastBanc em Portugal manifestou que «gostávamos muito de construir mais habitação acessível. Nos Estados Unidos desenvolvemos projetos de habitação em zonas nobres das cidades».
Consta ainda no portfólio da promotora um edifício na Rua da Rosa, que será transformado em oito apartamentos, estando previsto o arranque das obras em 2025. Em pipeline consta, também, a reabilitação do edifício anexo ao Museu Nacional de História Natural e Ciência e o Casario Poente.
Projeto de residência universitária com 75 camas
O edifício anexo ao museu vai ser transformado numa residência universitária, com 60 quartos e 75 camas, distribuídos por três pisos. Este projeto resulta de um contrato de concessão assinado com a Universidade de Lisboa, por um período de 30 anos.
Tiago Eiró revelou ainda, ao mesmo meio, que a promotora tem interesse em bairros da capital onde pode «acrescentar valor», sendo o caso de Alcântara, o Cais de Sodré/Santos ou a zona do Beato/Marvila. O CEO da promotora adiantou que planeiam investir «num grande projeto de habitação, retalho e escritórios».