O período de pré-candidaturas à edição de 2021 do Prémio Nacional de Reabilitação Urbana terminou na semana passada com um número recorde de 96 projetos a concurso, apesar de totalmente realizado em tempo de pandemia, e abrangendo todo o segundo confinamento.
O Prémio Nacional de Reabilitação Urbana é uma das mais relevantes iniciativas de premiação da excelência no setor imobiliário português e assinala este ano a sua 9ª edição, aceitando a concurso projetos que tenham sido concluídos entre 1 de janeiro de 2019 e 31 de dezembro de 2020 e que não tenham sido candidatos em edições anteriores do Prémio.
Fica provado que a pandemia não travou a atividade da reabilitação urbana ou a confiança dos seus operadores, a edição de 2021 do galardão registou o maior número de projetos a concurso de todas as suas nove edições, superando o anterior recorde de 83 projetos a concurso em 2017, mantendo-se o nível em torno dos 80 projetos nas edições seguintes.
Também a origem dos projetos é mais diversificada, contabilizando-se este ano intervenções localizadas em 23 concelhos, número que estabelece um novo recorde no histórico desta iniciativa. Lisboa, com 36 projetos, e Porto, com outros 26, são os principais palcos da reabilitação urbana, destacando-se este ano também Braga, com 6 projetos, Matosinhos, com 5 projetos, Guimarães, Viana do Castelo, Sintra e Gaia, todos com 2 projetos cada. De resto, concorrem projetos noutros 15 concelhos, incluindo Aveiro, Coimbra ou Loulé.
António Gil Machado, diretor da iniciativa, destaca que «dados recentes mostram que a reabilitação urbana consolidou a sua atividade num ano com uma conjuntura tão inesperada como foi 2020, e o Prémio Nacional de Reabilitação Urbana é, por isso, um excelente barómetro do pulso do mercado. Atingir em ano de pandemia um número recorde de projetos a concurso, e num leque mais abrangente de localizações, é a prova de que estamos perante um setor muito resiliente, que não baixa os braços perante a adversidade».
E completa que «a qualidade dos projetos submetidos a concurso, incluindo algumas das principais intervenções de reabilitação a nível nacional, bem como obras que são estruturantes nos seus contextos locais».
Entre os projetos pré-candidatos ao Prémio Nacional de Reabilitação Urbana incluem-se a reabilitação do referência internacional em Gaia do World of Wine; do emblemático edifício do Diário de Notícias, em Lisboa; do Convento dos Capuchos, em Sintra; da antiga Fábrica das Cerâmicas das Devesas (Porto); do Palácio de São Roque (Lisboa; a requalificação do Norte Shopping (Matosinhos); do núcleo termal de São Pedro do Sul; ou ainda do hotel Vila Galé que reabilita a Coudelaria de Alter do Chão.
Uma vez validada a conformidade dos candidatos com o regulamento, segue a fase de formalização das respetivas candidaturas, a qual encerra dia 12 de abril. Os vencedores serão conhecidos entre maio e junho, serão eleitos por um júri independente constituído por cinco personalidades das áreas de engenharia, arquitetura, economia e do imobiliário. O painel é integrado pelo economista João Duque, pelos arquitetos João Carlos Santos e João Santa-Rita, e pelo engenheiro e líder associativo Manuel Reis Campos, contando este ano com a estreia do professor Raimundo Mendes da Silva, Doutorado em Engenharia Civil e Coordenador do projeto “Reabilitar como Regra”. O Prémio na área da Sustentabilidade contará com a assessoria técnica da Adene e da Savills.
Coorganizado pela Vida Imobiliária e pela Promevi, o Prémio Nacional de Reabilitação Urbana tem o Alto Patrocínio do Governo de Portugal, concedido através da Direção Geral do Património Cultural, entidade tutelada pelo Ministério da Cultura. Esta é uma iniciativa à qual a SECIL se associa de forma ampla e que reúne um vasto apoio do setor empresarial, institucional e da sociedade civil. Conta com os apoios da Schmitt+Sohn Elevadores, Savills e Victoria Seguros na categoria platina; da Sanitana e da Revigrés na categoria ouro.