Foi lançado esta semana o livro “Sede Nacional da Ordem dos Engenheiros 85 anos (1936-2021)”, da autoria do arquiteto José Manuel Pedreirinho e Ana Isabel Ribeiro.
O autor explica que «este estudo tenta entender como é que este edifício acontece no âmbito da projeção do Parque Eduardo VII», que levou vários anos. «Todas as modificações da zona tiveram o projeto em conta. O livro enquadra as várias evoluções da cidade através deste edifício da avenida António Augusto Aguiar, um dos poucos que contempla habitação e atelier, documenta a história do edifício, e inclui o período de dúvida entre manter ou demolir e mudar para a zona do Martim Moniz, todos esses vários avanços e recuos».
Na apresentação da publicação, Carlos Mineiro Aires, Bastonário da Ordem dos Engenheiros, referiu que «esta zona da cidade tem uma história muito rica. O desafio passou por fazer um livro não de engenharia, mas de leitura da sede antiga com ligação à sede nova (nas traseiras, voltada para a rua Sidónio Pais) na sua envolvente», realçando ainda que a arquitetura e a engenharia «são duas profissões indissociáveis».
Por seu turno, Francisco Sousa Soares, anterior bastonário da OE, destacou que «é sempre interessante juntar arquitetos e engenheiros, completam-se. Este livro fala sobre mais de 100 anos de vida deste edifício, que entrou em funcionamento em 1913, propriedade de Artur Prat. Foi prémio Valmor, e 100 anos depois é o único edifício desta época na rua».
O antigo bastonário recordou alguns momentos da história da sede, como a instalação da Ordem dos Engenheiros neste edifício, projetado por Ventura Terra, em 1936, ano em que também se formou. Recordou os vários projetos que chegaram a ser feitos para a sua expansão, e a classificação do imóvel em 1986 como Imóvel de Interessa Público, altura em que a OE adquiriu o terreno adjacente, onde está agora o novo edifício, na rua Sidónio Pais.