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Casas do futuro serão "extensões de nós mesmos"



                      Casas do futuro serão "extensões de nós mesmos"
Sessão "Casas do Futuro, hoje! Inteligentes, sustentáveis e conectadas!".

As tendências tecnológicas e digitais estão a alterar a forma como se projeta, constrói e habita. A sessão "Casas do Futuro, hoje! Inteligentes, sustentáveis e conectadas!", no âmbito da Semana da Reabilitação Urbana de Lisboa, deu palco ao tema das casas do futuro. 

As casas do futuro "serão mais do que apenas um lugar para morar"

As tendências tecnológicas e digitais estão a alterar a forma como se projeta, constrói e habita. O uso de smart appliances ou de equipamentos de domótica veio para ficar e tem como principal objetivo usar a tecnologia em prol de mais sustentabilidade. A conferência "Casas do Futuro, hoje! Inteligentes, sustentáveis e conectadas!", no âmbito da Semana da Reabilitação Urbana de Lisboa, deu palco ao tema das casas do futuro. 

Ricardo Luz, Curador INOVA(RE) e Business Angel.

 

Numa apresentação esclarecedora, Ricardo Luz, Curador INOVA(RE) e Business Angel, abordou o tema das habitações no futuro, destacando que estas «serão extensões de nós mesmos, espaços inteligentes que se adaptam às nossas necessidades e rotinas», uma vez que a tecnologia «desempenhará um papel fundamental, tornando as casas mais eficientes, confortáveis e conectadas». O impacto no nosso quotidiano será imenso, proporcionando maior comodidade e economia de tempo, automatizando tarefas e fornecendo serviços personalizados, oferecendo experiências de aprendizagem e entretenimento mais imersivas, aumentando a segurança e proteção patrimonial, e reduzindo o impacto ambiental e o consumo de recursos.

Exemplo disso é a NOS Smart Home, uma casa inteligente assente numa proposta especialmente desenvolvida para os promotores imobiliários, «que permite controlar, de forma integrada, o sistema de segurança e as funcionalidades de automação e eficiência energética», enfatizou Cláudia Patrícia dos Santos, Head da NOS Smart Home.

Cláudia Patrícia dos Santos, Head da NOS Smart Home.

 

É uma solução modular que se adapta aos objetivos dos promotores, relativamente ao conceito e posicionamento que pretendem atingir com o projeto. O principal objetivo é «acrescentar valor aos ativos imobiliários, tornando-os mais sustentáveis e inteligentes». Na mesma solução de domótica, a NOS Smart Home integra funcionalidades várias nas áreas de segurança, proteção, automação de casa, eficiência energética e controlo.

Prioridade deve ser a renovação dos edifícios

Luis Sykes, Key Account Manager da Schneider Electric, enfatiza que «temos de perceber o que temos hoje e ver o caminho que temos pela frente». Na Europa, «a prioridade tem de ser a renovação de edifícios. Temos um parque habitacional geralmente envelhecido, precisamos de uma aceleração radical neste continente», frisa o responsável, acrescentando que «com os recursos e tecnologias que já temos é possível acelerar: é preciso ter o conhecimento e a coragem para optar pelo mais adequado».

Casas do futuro, hoje!

A mesa-redonda de debate, moderada por Ricardo Luz, reuniu especialistas do setor para discutir as tendências e desafios relacionados com casas inteligentes, sustentáveis e conectadas.

Daniel Tareco, Administrador, Habitat Invest, enfatizou os desafios enfrentados pelos promotores imobiliários na integração de tecnologias domóticas em empreendimentos habitacionais. O responsável referiu que «esta domótica tem sido utilizada, maioritariamente, numa ótica de conforto», mas destacou a necessidade de evoluir da utilização de domótica para conforto para uma «abordagem mais focada na sustentabilidade e eficiência energética, visando abranger todo o mercado». Enquanto promotores «temos aqui um desafio: como é que nós, para os segmentos de mercado que atualmente não temos condições para oferecer este tipo de soluções, vamos conseguir começar a introduzir nestes segmentos que tipicamente não estão abrangidos por estas soluções. O grande desafio que temos é fazer isto chegar a todo o mercado»,

João Caiado, Board Member, Contacto Atlântico, indicou que na empresa «utilizamos a tecnologia em quase todas as nossas atividades». A domótica é algo que «está a acontecer, temos de estar preparados e é uma obrigação nossa sugerir isto aos promotores, bem como entender o modo como este mercado funciona». Na Contacto Atlântico, «defendemos, sempre que possível, tudo o que são fachadas e telhados, se não fazem fotossíntese, devem ser sempre coletores solares».

Por sua vez, João Santos CEO, BSH Portugal, comentou sobre a sensibilidade crescente dos consumidores em relação ao consumo energético: «houve claramente uma maior sensibilidade por parte dos consumidores para todo o tema associado ao consumo dos aparelhos». O responsável ressaltou que «estes aparelhos mais eficientes continuam a ter um custo mais elevado, podia haver, por exemplo, apoios e incentivos à substituição de janelas, sistemas de aquecimento, bicicletas elétricas e apoio governamental».

Na Alarm.com, Gabriel Furtado, European Technical Key Account Manager da empresa, referiu que «já percebemos que existem três tipos de tecnologia mais utilizadas mundialmente: o uso de smartlocks (fechaduras inteligentes); painel inteligente, onde se faz todo o controle da casa; a aplicação/plataforma, o ponto crucial, que faz a conexões de todos os produtos».

Luis Sykes, Key Account Manager, Schneider Electric, abordou o «ceticismo e o desconhecimento» em torno das tecnologias de casas inteligentes, destacando a «necessidade de educar os consumidores sobre os benefícios e possibilidades destas soluções». O responsável comentou ainda que a próxima geração de proprietários «faz parte de uma geração que nasceu nasceu num ambiente digital e está em contacto com a tecnologia no quotidiano».

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