Carlos Moedas, Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, marcou presença na sessão oficial de inauguração da Semana da Reabilitação Urbana de Lisboa esta quarta-feira, destacando a importância de «um serviço de urbanismo célere e transparente» para cumprir os objetivos da cidade e que «a nossa aposta é mudar, mudar, mudar».
«Sei o que é ser investidor em Lisboa. Tenho a enorme responsabilidade neste mandato de melhorar as coisas, para que o setor tenha o agradecimento que merece e veja as coisas a funcionar de uma forma muito diferente», afirmou.
As principais apostas de Carlos Moedas na Câmara de Lisboa passam pela descarbonização, onde se inclui a construção e o imobiliário, pela digitalização e pela criação de habitação acessível. Considera que «a chave do problema» dos licenciamentos está «no digital e na transparência dos processos», e que «só investindo nos processos internos podemos garantir os prazos».
Mas alerta que «o problema não será resolvido em dois dias, porque tem de ser resolvido de forma profunda e estrutural na CML. Deem-nos tempo, e vamos conseguir».
Por outro lado, também a habitação acessível não será «resolvida com uma varinha mágica. Não há uma só solução, somos todos nós, privados e público». E conclui que «estamos disponíveis para aceitar os nossos erros, para agradecer o que fazem na cidade».
Novos desafios da construção “não podem colocar em causa a execução dos investimentos”
Na sua intervenção, Manuel Reis Campos, Presidente da CPCI, destacou que 2022 «tem de ser o ano de relançamento da economia portuguesa», e que «é necessário responder aos problemas conjunturais, nomeadamente a falta de mão-de-obra e os aumentos dos preços da energia, dos combustíveis e dos materiais, agravados pelo conflito na Ucrânia. Precisamos de medidas concretas e imediatas que já remetemos ao novo executivo», nomeadamente de apoio às empresas. Estes problemas «não podem colocar em causa a execução dos investimentos previstos», nomeadamente no PRR.
Reis Campos considera que «precisamos de fiscalidade atrativa, de eliminar a burocracia nas entidades públicas, e de manter os níveis de confiança dos investidores estrangeiros, assegurar a continuidade de programas como a Autorização de Residência para Investimento», já que «é um momento decisivo para capacitar o tecido empresarial».
Ainda assim, aponta que «começamos o ano num contexto desafiante, mas com perspetivas favoráveis», destacando que o mercado demonstra indicadores positivos.