A Azipalace Investimentos Turísticos SA, dona do grupo SANA, submeteu à Câmara Municipal de Lisboa um novo projeto para o empreendimento do futuro Hotel Palace, que vai reabilitar os conhecidos edifícios abandonados da avenida Fontes Pereira de Melo.
O projeto inicial era assinado por Eduardo Souto Moura, mas segundo a notificação da CML, seria chumbado pela autarquia. Avançará agora um novo projeto assinado por Frederico Valsassina, segundo a notícia do Negócios desta terça-feira.
Segundo a informação dada pela CML à mesma fonte, o novo projeto «visa a conservação e reabilitação dos três edifícios existentes, com manutenção das fachadas», e vai respeitar o número de pisos acima do solo, com reconstrução da cobertura. O processo está atualmente em fase de apreciação dos projetos de especialidades, cita o idealista/news.
Os três edifícios devolutos desta artéria da capital, alguns dos últimos exemplos da arquitetura dos finais do século XIX e inícios do século XX nesta zona da cidade, serão reabilitados e transformados no futuro SANA Palace.
O grupo SANA terá de pagar os impostos dos quais esteve isento desde 2017. O SANA Palace tinha utilidade turística prévia proposta pelo Turismo de Portugal, atribuída pela secretária de Estado do Turismo, um estatuto atribuído em 2017 e que permitia à Azipalace a isenção do pagamento do Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT), de IMI e de Imposto de Selo. Tendo o projeto anterior recebido parecer desfavorável, a Azipalace terá agora de pagar os impostos que tinham ficado suspensos.
O projeto inicial previa a construção de dois novos edifícios na rua Martens Ferrão e a demolição de uma estrutura em lajes de betão nas traseiras dos imóveis existentes. Previa também um uso maioritariamente habitacional, num total de 136 fogos.
Atualização às 10h30 de 10 de março com mais informação