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Abertas as inscrições para o Prémio Nacional de Reabilitação Urbana 2026



                      Abertas as inscrições para o Prémio Nacional de Reabilitação Urbana 2026
Inscrições no Prémio Nacional de Reabilitação decorrem até dia 12 de março de 2026.

É um dos prémios de maior prestígio entre os profissionais do setor da construção e do imobiliário, reconhecido e respeitado pela sociedade civil. O Prémio Nacional de Reabilitação Urbana celebra em 2026 a sua XIV edição e as inscrições já estão abertas. São elegíveis todas as intervenções de reabilitação urbana concluídas entre 1 de janeiro de 2024 e 31 de dezembro de 2025, desde que não tenham sido candidatas em edições anteriores deste prémio.

A escolha dos vencedores caberá a um júri independente, composto por personalidades que cruzam a arquitetura e engenharia, com a economia e a sustentabilidade. Em 2026 o júri do Prémio Nacional de Reabilitação Urbana contará com as participações do engenheiro e Presidente da AICCOPN e da CPCI, Manuel Reis Campos; dos arquitetos Carlos Prata e Inês Lobo; bem como dos professores João Carvalho das Neves e Manuel Duarte Pinheiro. Será este coletivo, que apoiado pela ADENE e pelo Instituto para a Construção Sustentável, irá eleger os candidatos que se distinguem nas 10 categorias a concurso: Melhor intervenção com Impacto Social; Melhor intervenção de Uso Turístico; Melhor intervenção de Uso Comercial & Serviços; Melhor intervenção de Uso Residencial; Melhor intervenção na Cidade do Porto; Melhor intervenção na Cidade de Lisboa; Melhor intervenção com área inferior a 1000 m2; Melhor intervenção de Restauro; Melhor Solução de Sustentabilidade; e Melhor Reabilitação Estrutural.

Destaque para a categoria Mestres da Construção atribuída com o apoio e curadoria do arquiteto Eduardo Souto de Moura a profissionais que se destacam na execução da sua arte e ofício.

Arquitetos defendem a valorização da profissão e honorários mais justos

A apresentação da edição de 2026 do Prémio Nacional de Reabilitação Urbana foi realizada no dia 14 de novembro, no âmbito da conferência "Os jovens e a reinterpretação da Arquitetura". Uma sessão que teve o especial contributo dos finalistas da edição de 2025 do Prémio Jovens Arquitectos, Elói Gonçalves, Cíntia Guerreiro e Juliano Ribas, bem como de Hugo Barros, membro do júri deste Prémio e dos curadores desta iniciativa Paulo Serôdio, Marco Roque Antunes e Paulo Durão.

Esta conferência ficou marcada por uma mesa de debate moderada por Paulo Serôdio e que contou com a participação de Bruno Marques, Vice-Presidente do Conselho Diretivo Regional do Norte da Ordem dos Arquitectos e dos arquitetos Bruno Dias e António do Fundo Ferreira. Entre os grandes temas esteve uma reivindicação que tem vindo a crescer, a necessidade de valorizar a profissão e de praticar melhores remunerações, mais compatíveis com a complexidade dos projetos.

Bruno Marques, vice-presidente do Conselho Diretivo Regional do Norte da Ordem dos Arquitectos, sublinhou que os valores praticados continuam longe do desejável, "muitas vezes os honorários são mesmo só no limiar da sobrevivência. Temos de, a montante, exigir dos promotores e do Estado". "O arquiteto é o primeiro a entrar na obra e o último a sair", sublinhou Bruno Dias defendendo que "precisamos de alguma competitividade orçamental". António do Fundo Ferreira explicou que "enquanto arquitetos, valorizamos o tempo. E para se conseguir as horas necessárias para um projeto, o tempo é necessário. E tem de haver um mínimo de valor a cobrar".

A discussão deixou em evidência um diagnóstico partilhado por diferentes gerações e contextos profissionais: a necessidade de reafirmar o valor do trabalho dos arquitetos, num momento em que o mercado exige mais, mais rápido e por menos.

(esq. para dta.) Bruno Marques, Vice-Presidente do Conselho Diretivo Regional do Norte da Ordem dos Arquitectos; Paulo Serôdio, Curador do Prémio Jovens Arquitectos; Bruno Dias, Arquiteto; e António do Fundo Ferreira, Arquiteto. 

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