Desde acionistas das empresas a parceiros e clientes, passando pelos colaboradores, todos queremos combater as alterações climáticas e contribuir para a construção de um futuro mais sustentável para o planeta e para as pessoas. As melhores práticas Ambientais, Sociais e de Governance (ESG, na sua sigla em inglês) das organizações têm sido progressivamente mais decisivas no acesso a créditos ou investimentos, existindo até, inclusivamente, fundos de apoio e rankings especialmente dedicados a empresas sustentáveis.
Tudo isto convida as empresas a liderarem o processo de transformação em direção a uma economia mais verde.
Implementar a transição para a sustentabilidade
Há dois passos fundamentais para uma transição de sucesso para a sustentabilidade corporativa: liderar através do exemplo e fazer parte da solução. O primeiro requer ações concretas de aperfeiçoamento. Algumas destas ações são próprias da atividade ou do core business da empresa; no entanto, outras podem ser em funções auxiliares ao negócio e transversais a todos os setores, como o investimento em sistemas digitais que permitam monitorizar e otimizar constantemente as operações e o desempenho dos edifícios, sempre com base em dados. Nestas ações é importante apostar em aplicações de sustentabilidade, em serviços de consultoria ligados a esta área, e inclusivamente em Inteligência Artificial,
O segundo passo pressupõe oferecer soluções a clientes e parceiros, para que também eles possam tornar-se mais sustentáveis. Se uma empresa procurar alcançar as melhores métricas de sustentabilidade do setor e despertar outros operadores a aderir ao processo de mudança, todos sairão a ganhar.
A importância das certificações
Neste contexto, as certificações funcionam como um selo de garantia e uma prova do compromisso de um determinado grupo ou empresa com práticas mais sustentáveis.
Do ponto de vista da gestão, as certificações e rankings permitem que as empresas saibam onde se situam no mercado. Ao estabelecerem uma mesma base para todas, possibilitam a comparação direta. Em paralelo, facilitam a autoavaliação: ajudam a monitorizar o desempenho da organização relativamente a resultados passados e a estabelecer metas para o futuro.
Algo que pode não ser do senso comum é que, a maioria das certificações avalia o processo evolutivo das empresas e não tanto as ferramentas e tecnologias que estão a utilizar. A transição pode ser longa, pelo que é fundamental estabelecer KPIs que demonstrem progresso e adaptação, em vez de se focarem apenas nos meios empregues ou na meta final.
Finalmente, também têm uma grande importância para os stakeholders: investidores, acionistas, colaboradores, clientes, parceiros, fornecedores e o público em geral podem depositar mais confiança numa empresa se esta for reconhecida por “selos” que atestam o seu empenho na adoção de práticas mais sustentáveis.
Digitalização como aliada, mas não um fim em si mesmo
As ferramentas digitais são aliadas importantes no caminho em direção à sustentabilidade, mas não devem ser vistas como um fim em si mesmas. Não há qualquer dúvida de que a IA, a automação e a gestão centralizada da informação, por exemplo, auxiliam este processo; mas o que importa mais é a transformação das empresas. A digitalização deve, por isso, ser implementada de forma estratégica, para tornar a transição mais acessível.
Neste contexto, é importante lembrar que ser sustentável também é ser resiliente e perdurar no tempo. No caso dos edifícios, devemos trabalhar para que tenham um ótimo desempenho durante o máximo de tempo possível, melhorando a sua manutenção com o apoio de uma digitalização estratégica e direcionada.
Parcerias: um eixo indispensável
Para finalizar, pensemos que há muitos elementos do dia a dia das empresas que podem ser otimizados em termos de sustentabilidade – desde a utilização de energia em edifícios à otimização dos processos de construção de imóveis, entre muitos outros. Para garantir a melhor solução possível, quer para uma empresa quer para os seus clientes, é importante encontrar parceiros especializados nas áreas que ela não domina.
E quem serão as empresas sustentáveis do futuro? Aquelas que dão prioridade à colaboração, investem numa digitalização estratégica das suas operações, procuram otimizar a manutenção dos seus imóveis e estão atentas à especialização dos seus clientes.