A ANFAJE – Associação Nacional dos Fabricantes de Janelas Eficientes defende que o acidente fatal que ocorreu numa escola de Seia na semana passada poderia ter sido evitado, já que «a escolha adequada do tipo de vidro pode proteger-nos de quebras acidentais provocadas por embates e salvar vidas».
O comunicado da associação surge na sequência deste acidente e das palavras do ministro da Educação, João Costa, que terá afirmado que esta tragédia «poderia ter acontecido em qualquer lugar onde haja vidro», declarações que, segundo a ANFAJE, «revelam uma falta de conhecimento técnico e legal e uma grave falta de ponderação nas suas palavras. O perigo não está no vidro, mas sim na sua má escolha e aplicação».
Neste comunicado, a ANFAJE «alerta as entidades competentes, os profissionais e os clientes particulares para a importância de uma escolha ponderada e correta do tipo de vidro para uma janela ou porta eficiente, de acordo não apenas com o seu desempenho energético, mas também de acordo com a sua funcionalidade e segurança. O conselho da ANFAJE é, atualmente, ainda mais relevante já que Portugal tem de aproveitar correta e eficazmente os recursos financeiros, disponibilizados pelo PRR, para a reabilitação do parque escolar português».
Segundo a associação, para evitar acidentes como este, «a escolha adequada do tipo de vidro para uma janela ou porta eficiente tem aqui um papel extremamente importante, pois os vidros não são todos iguais e não serve um vidro qualquer. Aquando da construção ou reabilitação de habitações e edifícios (acrescendo a sua importância em edifícios ou espaços públicos), é necessário escolher cautelosamente o tipo de vidro mais adequado em função da sua exposição, funcionalidade e segurança, de acordo com o vasto leque de soluções disponíveis no mercado».
Esta escolha é «exigida pelo ITE 52, do Laboratório Nacional de Engenharia Civil, documento que apresenta a metodologia de dimensionamento mecânico da caixilharia exterior, tendo por base o Regulamento de Segurança, sintetizando os aspetos de segurança que os vidros devem satisfazer, tendo em conta as normas europeias. O tipo de vidro correto deve ser empregue como medida preventiva em muitas aplicações, desde logo em zonas de frequente circulação de pessoas, como o caso de uma porta de acesso ao exterior numa escola», explica a ANFAJE.
Mais precisamente, existem dois tipos de vidros adequados no que diz respeito à proteção e segurança, os vidros temperados e/ou laminados. A ANFAJE explica que, em caso de quebra, os vidros temperados desfazem-se em múltiplos fragmentos de tamanho mínimo e de bordos não afiados, eliminando o risco de ferimentos graves no caso de algum acidente.
Os vidros laminados são dois vidros “colados” com uma película transparente no meio – que, em caso de pancada e quebra, permitem reter os pedaços ou fragmentos de vidro, eliminando também neste caso o risco de ferimentos graves.
Mais informações sobre este tema podem ser consultadas no site da ANFAJE.