Com arranque de construção previsto para o próximo mês de maio, o Nooba foi oficialmente apresentado esta terça-feira e promete marcar o arranque de uma nova fase no desenvolvimento imobiliário daquele concelho ribeirinho da margem sul.
Promovido pela Solid Sentinel Premier Real Estate Developer e desenhado pelo ateliê do arquiteto Miguel Saraiva, este empreendimento irá estender-se por uma área bruta de 98.360 m², criando 518 novos apartamentos T1 a T5 distribuídos por nove edifícios de 6 a 7 andares. A desenvolver faseadamente, nesta primeira fase serão criados 127 apartamentos, cuja gama de preços arrancará nos 189.000 euros (T1); e que o promotor espera que possam ficar concluídos dentro de dois anos.
Confessando-se um apaixonado pela cidade do Barreiro e «um fã incondicional da margem sul», o CEO da Solid Sentinel, Alain Gross, contou aos jornalistas que a empresa veio para ficar na cidade. «Não chegámos para fazer um projeto e ir embora. O Nooba tem um prazo de desenvolvimento previsto de 7 a 8 anos e, além disso, estamos em contacto permanente com a autarquia para percebermos que outras oportunidades existem na cidade», diz.
Admitindo que até há pouco tempo «não sabia que as pessoas de Lisboa tinham algum preconceito em relação a estes territórios», o empresário explica que desde o primeiro momento que ficou conquistado por esta localização. Afinal, «em quantos locais é que ainda é possível construir um empreendimento a 20 metros do rio e a cinco minutos a pé de um terminal intermodal de transportes que nos levam ao centro da capital em apenas 16 minutos?», lança. A qualidade de vida oferecida aos residentes na cidade, que «dispõe de uma agenda cultural muito interessante, de vários parques e praias nas imediações, além de uma grande oferta de comércio e de serviços», são outros dos pontos a favor deste destino, argumenta.
«O Barreiro tem sido um dos concelhos da margem sul mais esquecidos nos últimos anos, mas felizmente isso está a mudar. Aqui estamos mais próximos do CBD de Lisboa do que em outros pontos a oeste da capital, e isso faz toda a diferença. Por isso, hoje desenho um projeto para esta cidade exatamente com a mesma qualidade e os mesmos pressupostos com que desenharia para qualquer zona de Lisboa», afirma, por seu turno, o arquiteto Miguel Saraiva. Considerando que com o Nooba «chegou uma nova arquitetura e uma nova abordagem conceptual» a esta «localização única», o arquiteto congratulou «a motivação do promotor em casar o investimento privado com todo o esforço de investimento público na requalificação da frente ribeirinha», tornando possível «prolongar o espaço das casas e dos residentes para a rua».
Casas a metade do preço de Lisboa
Congratulando a chegada deste e de outros investimentos de referência à cidade, caso da instalação da sede do Grupo Trivalor, Rui Braga, Vice-Presidente da Câmara Municipal, conta que «além de ter uma frente ribeirinha fantástica e de ser uma cidade cada vez mais verde, o Barreiro vai ter cada vez mais habitação e emprego de qualidade; o que fará com que o nosso índice de qualidade de vida continue em rota ascendente».
Uma visão partilhada por Alain Gross, que acrescenta que «as pessoas que já vivem no Barreiro querem ficar na cidade, e creio que também os novos habitantes que chegam de fora também já não vão querer sair!». Até porque, com o Nooba, «não estamos apenas a fazer um edifício: estamos a criar uma comunidade. E para fixar as pessoas, o nosso argumento tem de ser a qualidade», acrescentou ainda Miguel Saraiva.
Prevendo a fixação de até 1.500 residentes, «no nosso empreendimento quisemos assegurar qualidade, mas conseguimos fazê-lo a um preço entre 40% a 50% mais baixo do que se encontra em Lisboa para um projeto idêntico», conta o CEO da Solid Sentinel, prevendo que «60 a 70% dos compradores do Nooba devam ser jovens famílias locais e de Lisboa».
Nesta fase de lançamento, os preços arrancam nos 189.000 euros para um apartamento T1, podendo ir até aos 1.290.000 euros no caso de uma penthouse T5 com piscina e jardins privativos no terraço que é, diz o promotor, «a casa mais cara e a jóia da coroa». No caso dos T2, os preços oscilarão entre os 300.000 e os 380.000 euros, podendo subir até aos 480.000 euros no caso dos T3 e aos 500.000 euros para os T4. Pensado para ser «um luxo a um preço acessível», o Nooba irá oferecer ainda um rooftop com 170 m², zona de lazer com 230 m², jardim com 430 m², pista de atletismo com 200 m e uma piscina com 25 m², entre várias outras valências, incluindo varandas panorâmicas em todos os apartamentos.
De acordo com Miguel Saraiva, «uma das caraterísticas que diferencia este projeto são as áreas das casas, entre os 60 e os 247 m², e que são superiores ao que hoje se vê em Lisboa; onde com as novas funções que são exigidas no pós-pandemia – isto é, mais espaços exteriores - já não é viável fazer apartamentos com áreas mais generosas». Além disso, garante, «este é um projeto com uma atitude sustentável desde a sua génese». 130 milhões de euros.