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Setor da construção deverá crescer 3,6% até 2023, aponta estudo



                      Setor da construção deverá crescer 3,6% até 2023, aponta estudo

O estudo anual "Global Powers of Construction", desenvolvido pela Deloitte, revela que embora a construção tenha sido considerada uma atividade essencial na maioria dos países no ano passado, perspetiva-se que o crescimento global desacelere de 6,1%, em 2021, para 3,6% até 2023.

As previsões económicas para a indústria abrandaram devido aos efeitos da pandemia e, mais recentemente, da guerra na Ucrânia, principalmente na Europa, recorda o estudo.

Para Sofia Tenreiro, Partner da Deloitte e Líder do setor Energy, Resources & Industrials, «o setor da construção conseguiu manter a sua atividade a bom ritmo na maioria dos países, apesar do atual cenário macroeconómico desafiante, apresentando, por isso, boas perspetivas futuras. No entanto, devido principalmente ao contexto de guerra na Ucrânia, a tendência para os próximos anos é de alguma desaceleração. Perspetiva-se que este setor manterá a sua resiliência, devendo-se, no entanto, manter focado em enfrentar os impactos da falta de matéria-prima, aumento generalizado de preços e uma mudança para modelos mais sustentáveis».

A dimensão do mercado da construção foi avaliada em 7,28 biliões de dólares em 2021 e prevê-se que atinja 14,41 biliões de dólares até 2030, revela o estudo da Deloitte, sublinhando que há uma expectativa de crescimento acentuado nesta indústria, não só pelo aumento populacional nos países emergentes, mas também por fatores como o envelhecimento da população nos países desenvolvidos, uma maior urbanização e concentração nos grandes centros urbanos, a descarbonização da economia e a transformação digital.

As 100 maiores empresas de construção do mundo geraram receitas superiores a 1,819 biliões de dólares em 2021, mais 14,1% que em 2020. A Mota-Engil é a única representante portuguesa no Top 100 mundial, ocupando a 77ª posição, descendo uma posição face ao ano anterior: em 2021, a empresa atingiu vendas totais de 3.066 milhões de dólares norte-americanos e também uma capitalização bolsista de 446 milhões de dólares em 2021.

Em termos de receitas, as maiores empresas situam-se na China (54.5%), Japão (10,4%), Estados Unidos (8.1%), França (6.9%) e Coreia do Sul (4.4%). No Top 100 GPoC, 71 das empresas registou um aumento nas vendas e apenas 49 alcançaram aumentos de dois dígitos, a passo que 17 empresas registaram contrações de mais 10% em receitas.

O Global Powers of Construction da Deloitte lista as 100 maiores empresas globais de construção com base nas vendas de forma anual, e as 30 maiores empresas com base na capitalização do mercado.

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