No segundo mês do ano, o índice de produção na construção registou um aumento homólogo de 2,2% em fevereiro, crescendo 0,3 pontos percentuais face ao verificado em janeiro, anunciou esta segunda-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE). O índice de emprego acelerou 0,4 pontos percentuais, para 2,4%, e as remunerações abrandaram 1,1 pontos percentuais, para uma variação homóloga de 7,9%.
No mês em análise, o segmento da construção de edifícios avançou 4,3% em fevereiro em termos homólogos e acelerou 0,3 pontos percentuais face a janeiro, enquanto a engenharia civil contraiu 1,0% no espaço de um ano, contra uma taxa de variação homóloga de 1,2% em janeiro.
No que toca aos contributos para a taxa de variação homóloga do indicador, a construção de edifícios representou 2,6 pontos (2,4 pontos em janeiro) e a construção de edifícios um défice de 0,4 pontos (-0,5 pontos em janeiro).
Custo de construir uma habitação nova sobe 3,1%
Segundo a autoridade estatística, os custos de construção de habitação nova aumentaram 3,1% em fevereiro, face ao mesmo mês do ano anterior. O aumento deste indicador é influenciado, quase exclusivamente, pelo aumento do custo da mão-de-obra, que alcançou 6,9% no segundo mês do ano. No mês em análise, a variação homóloga do Índice de Custos de Construção de Habitação Nova (ICCHN) situou-se em 3,1%, taxa 0,3 pontos percentuais inferior à observada em janeiro.
Já os preços dos materiais mantiveram-se semelhantes. Apesar da variação dos materiais ter sido nula, a um nível mais desagregado existiram contributos positivos e negativos, sublinha o INE.
Entre os materiais que mais influenciaram positivamente a variação agregada do preço estão os betumes, com uma subida acima dos 10%, os materiais de revestimentos, isolamentos e impermeabilização e os vidros e espelhos com subidas de cerca de 5%. Em sentido oposto, destacaram-se as madeiras e derivados de madeira, a chapa de aço macio e galvanizada e as tubagens de aço, de ferro fundido e aparelhos para canalizações, com reduções de cerca de 10%.