Legislação

“Em princípio” nenhuma casa do PRR será construída com lei dos solos, diz PM



                      “Em princípio” nenhuma casa do PRR será construída com lei dos solos, diz PM
Esta legislação está elaborada «para garantir transparência e legalidade».

O primeiro-ministro afirmou esta quarta-feira que, «em princípio», nenhuma casa do Plano de Recuperação e Resiliência será construída com a nova lei dos solos, frisando que esta legislação foi elaborada «para garantir transparência e legalidade», avança a Lusa, citada pela Notícias ao Minuto.

Ao ser questionado pela coordenadora do BE, Mariana Mortágua, sobre quantas casas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) «vão ser construídas com esta lei e onde», Luís Montenegro respondeu que «em princípio, por aquilo que são hoje os projetos que estão a ser apreciados e a ser financiados, nenhuma. Porque nós estamos a falar de projetos que já estão hoje apresentados, candidatados e, portanto, têm que ser executados».

O primeiro-ministro acrescentou ainda que «se me pergunta se há algum no futuro pode mudar a localização, poder pode, desde que cumpra as regras, que cumpra as finalidades e que cumpra, sobretudo, o propósito final desta legislação». Esse propósito é inverter «a evolução dos preços da habitação em Portugal nos últimos nove anos», de acordo com o chefe do executivo.

Luís Montenegro reiterou «a lei dos solos está elaborada para garantir transparência, para garantir legalidade, para garantir coerência e consolidação das zonas urbanas, não está criada para estimular a especulação, não está criada para os fantasmas que aqueles que são sempre contra as transformações veem sempre que se quer mudar alguma coisa».

Recorde-se que os deputados da comissão de Economia, Obras Públicas e Habitação aprovaram por unanimidade um requerimento, com carácter de urgência, para a realização de uma audição sobre a alteração à lei dos solos. 

A alteração à lei dos solos visa impulsionar a construção de habitação pública, colocando mais responsabilidades nas câmaras. No entanto, a ANMP defende que há melhorias que podem ser feitas ao diploma. A ministra do Ambiente, Maria da Graça Carvalho, rejeitou as críticas que apontam para o eventual crescimento da especulação imobiliária e da corrupção, afirmando que a alteração à lei dos solos representa uma solução para habitação pública.

PUB
PUB