Até setembro, deverão estar concluídas 19 residências universitárias, a maioria de nova construção, que representam mais de duas mil camas. A estas poderão juntar-se outras 2.270, no âmbito de protocolos estabelecidos para alojamento estudantil, segundo prevê o Ministério da Educação.
O balanço foi feito pelo gabinete do ministro Fernando Alexandre que, em resposta à agência Lusa, citada pelo Observador, refere que, nos últimos quatro meses, o número de intervenções concluídas triplicou, de 10 para 30 residências, que correspondem a cerca de 2.400 camas.
“A meta definida, ainda pelo anterior Governo, era intervencionar ou alargar o parque de alojamento estudantil em mais 18.000 camas. Desde que o atual Governo tomou posse, este universo já ultrapassa as 19.000 camas contratualizadas”, refere o Ministério da Educação, Ciência e Inovação.
Segundo a tutela, estão atualmente em curso 100 obras, a que se somam cinco projetos em fase de concurso, cujas obras deverão arrancar em breve, e mais três com concursos prestes a ser lançados. Até ao início do ano letivo, o Governo espera inaugurar 19 residências no âmbito do Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior (PNAES), totalizando 2.296 camas, das quais 1.199 serão novas.
Apesar dos avanços, o Executivo reconhece constrangimentos na execução dos projetos financiados pelo PRR, nomeadamente pela falta de propostas nos procedimentos concursais de empreitadas. Estes constrangimentos refletem a “falta de capacidade de resposta do setor da construção civil e o aumento generalizado dos custos dos materiais de construção, que dificultam o cumprimento dos orçamentos iniciais e a viabilidade da execução dos referidos projetos dentro do prazo previsto”, considera o MECI.
Recorde-se que, em 2024, o Governo assinou protocolos para disponibilizar alojamento estudantil a preços acessíveis em pousadas da juventude e unidades do INATEL. Neste âmbito, foram disponibilizadas 709 camas, mas apenas 308 foram ocupadas por estudantes e, por isso, no próximo ano, serão disponibilizadas apenas 561 camas “tendo em conta a taxa de ocupação verificada no ano anterior”.
Por outro lado, o Governo disponibilizou também uma linha de crédito de 5,5 milhões de euros para que as instituições de ensino superior celebrassem protocolos com entidades públicas, privadas e sociais.