Os portugueses que fazem obras em casa gastam uma média de 12.000 euros nessas empreitadas. A esmagadora maioria recorre exclusivamente às suas poupanças para as realizar.
É o que mostra o estudo “Obras em Casa”, recentemente realizado pela UCI – Unión de Créditos Inmobiliarios e pela SPIRITUC, que contou com a participação de 608 inquiridos oriundos de todo o país.
A principal razão pela qual os proprietários avançam com as obras é a procura de maior conforto das habitações, para 73% dos casos. 65% fazem obras pela melhoria das condições e renovação do espaço, e 34% pela melhoria da segurança e manutenção das habitações.
Embora a sustentabilidade seja uma preocupação dos proprietários (67%), só 30% referiu a classe energética da casa como uma motivação para levar as obras a cabo, valor que desce para os 7,6% no caso de o motivo serem as preocupações ambientais.
51,2% das obras foram feitas em moradias, e 82,6% dos inquiridos são proprietários dos imóveis intervencionados. A maior parte das intervenções são feitas no quarto, sala e cozinha (65%, 62% e 55%), e as obras mais frequentemente realizadas nos últimos 18 meses dizem respeito à pintura dos imóveis (68%), seguida pelo isolamento de paredes (37%), reparação de infiltrações (37%), substituição de pavimentos (33%) e mudança de canalização (33%).
49% das obras foram feitas por empresas de construção e 33% pelos próprios inquiridos. 81% pediram orçamentos antes das obras, obtendo um valor médio previsto de 11.000 euros. O valor final das obras nesses casos foi de, em média, 13.000 euros. No que diz respeito aos timings de execução, o desvio entre o previsto e o real foi de cerca de 7 dias.
Cerca de 84% dos inquiridos recorreram às suas poupanças para fazer estas obras. Apenas 6,7% recorreram exclusivamente ao financiamento bancário.
Os três principais motivos para avançar com o crédito são o facto de já ser cliente da instituição bancária escolhida (61%), ser esta a melhor proposta em termos de valor da prestação mensal (39%) e ter melhores condições (37%).
71% dos inquiridos admitem ter conhecimento da existência de programas de apoio do Estado e de outras entidades para o financiamento de obras para melhoria da eficiência energética. No entanto, apenas 18,6% recorreram a esses apoios, sendo que desses 73,5% concorreram ao Fundo Ambiental.