Entre janeiro e setembro deste ano foram submetidos a licenciamento municipal no Porto 225 novos projetos de habitação, que representam 1.951 fogos. Trata-se de uma descida de 31% no número de projetos e de 20% no número de fogos face a igual período acumulado de 2020, quando se contabilizava um pipeline residencial de 325 projetos num total de 2.444 fogos.
De acordo com o Pipeline Imobiliário, apurado pela Confidencial Imobiliário com base nos pré-certificados energéticos emitidos pela ADENE, a quebra foi sentida tanto na reabilitação urbana, com 643 fogos em carteira (-24%) e 138 projetos, como na construção nova, com 1.308 fogos (-18%) e 87 projetos.
Se no município do Porto o pipeline habitacional foi menos dinâmico que em 2020, com uma descida de quota na Área Metropolitana, o mesmo não aconteceu em concelhos limítrofes como Vila Nova de Gaia ou Matosinhos. Nos primeiros 9 meses de 2020, o Porto concentrava 38% dos fogos projetados na AMP, e este ano o peso passou para 30%. Gaia passou de 19% para 26%, e Matosinhos de 19% para 21%.
A Ci destaca também que nos primeiros 9 meses de 2021 Gaia registava um pipeline de 284 projetos residenciais, num total de 1.725 novos fogos, mais 46% face aos 1.179 fogos contabilizados no período homólogo.
Em Matosinhos, estão em carteira 188 novos projetos e 1.345 fogos, mais 9% em número de fogos face às 1.229 unidades contabilizadas até setembro de 2020.