Nos primeiros 6 meses deste ano, foram submetidos a licenciamento municipal em Portugal Continental 11.765 novos projetos residenciais, num total de 27.600 fogos. Este volume supera em quase 20% o ritmo semestral do número de fogos do ano de 2019 (pré-Covid), ano em que foram lançados novos projetos para cerca de 23.500 fogos por semestre no país.
Estes números resultam do Pipeline Imobiliário, apurado pela Confidencial Imobiliário, com base nos pré-certificados energéticos emitidos pela ADENE.
83% da carteira do primeiro semestre diz respeito a construção nova, equivalente a mais de 22.900 fogos inseridos em 9.520 projetos. A reabilitação urbana reúne os restantes 17%, equivalentes a 4.650 fogos, distribuídos por 2.250 projetos.
Segundo a Ci, reforça-se este ano uma aposta crescente nas moradias. Os edifícios de apartamentos continuam a gerar a maioria das unidades em carteira neste 1º semestre (57%, num total de 15.800 fogos), volume que fica 12% acima das 14.200 unidades contabilizadas por semestre de 2019. Já a carteira de cerca de 11.750 moradias contabilizadas no 1º semestre de 2021 fica 25% acima da média semestral de 2019, então em torno das 9.400 unidades.
O relatório da Confidencial Imobiliário mostra também que Lisboa continua a ser o principal destino de investimento da promoção de habitação no país, com 172 projetos, num total de 1.970 fogos submetidos a licenciamento entre janeiro e junho. Mas este pipeline fica 11% abaixo do ritmo médio semestral de lançamento de novos fogos em 2019, que se fixou perto das 2.200 unidades. Lisboa perde cota no contexto da Área Metropolitana, passando de 23% dos fogos em carteira na região para 29%.
A tendência é semelhante no Porto, onde a Invicta passou de 45% do pipeline da Área Metropolitana em 2019 para 30% no primeiro semestre deste ano. Aqui, foram submetidos a licenciamento 217 projetos residenciais, num total de 1.710 fogos, pipeline que fica 16% abaixo do ritmo semestral de lançamento de fogos em 2019, de 2.025 unidades.