Depois do arranque acelerado do ano, o licenciamento de edifícios abrandou no segundo trimestre de 2025. O balanço do INE, publicado esta sexta-feira, aponta para 6,5 mil imóveis licenciados, mais 4,3% do que em igual período do ano passado, mas longe da forte subida de 27,6% verificada no primeiro trimestre.
Do total de edifícios licenciados, 76% destinavam-se a construções novas, dos quais 81% tinham como finalidade a habitação familiar. Os edifícios licenciados para demolição totalizaram 309, representando 4,8% do total.
No segundo trimestre, a maioria das regiões do país registou aumentos no número de edifícios licenciados, com exceção da Região Autónoma dos Açores (-26,3%), do Algarve (-5,6%) e do Alentejo (-2,8%). O crescimento mais expressivo verificou-se na Península de Setúbal (+17,3%), seguido do Oeste e Vale do Tejo (+10,2%), Centro (+8,2%) e Norte (+4,8%). A Região Autónoma da Madeira apresentou uma variação nula neste indicador.
Relativamente aos tipos de construção, o número de edifícios licenciados para construções novas aumentou 4,4% em termos homólogos, mas registou uma diminuição de 7,9% em comparação com o trimestre anterior. Já o licenciamento para obras de reabilitação registou uma evolução positiva em comparação com o segundo trimestre de 2024 (+6,1%), embora tenha diminuído 12,1% em relação ao trimestre precedente.
Entre abril e junho, foram licenciados 10,4 mil fogos em construções novas para habitação familiar, o que correspondeu a um aumento de 17,9% face ao mesmo período de 2024, após a variação de 39,1% registada no 1º trimestre de 2025. O Alentejo (-11,8%) e a Grande Lisboa (-1,8%) foram as únicas regiões a apresentar decréscimos neste indicador.
Obras concluídas mantêm trajetória de queda
No 2º trimestre de 2025, estima-se que tenham sido concluídos 3,9 mil prédios no país, incluindo construções novas, ampliações, alterações e reconstruções, revela o INE. Este valor correspondeu a um decréscimo de 15% face ao mesmo período de 2024. As construções novas mantiveram-se predominantes, representando 83,4% do total de edifícios concluídos, dos quais 81,5% se destinaram a habitação familiar.
Apenas a Região Autónoma da Madeira registou crescimento no número de edifícios concluídos (+26,2%). Nas restantes regiões observaram-se decréscimos, com destaque para as maiores reduções na Grande Lisboa (-27,4%), no Oeste e Vale do Tejo (-25,8%), na Região Autónoma dos Açores (-23,0%), no Algarve (-22,2%) e na Península de Setúbal (-20,7%), todas acima dos 20%.