Património

Museu do Tesouro Real foi inaugurado esta quarta-feira



                      Museu do Tesouro Real foi inaugurado esta quarta-feira

O Museu do Tesouro Real, uma gigante caixa-forte situada no Palácio da Ajuda, em Lisboa, foi inaugurado ontem, 1 de junho, estando já aberto ao público, que terá a oportunidade de contemplar uma das mais ilustres coleções mundiais de joias e ourivesaria real portuguesa.

João Carlos dos Santos, Diretor-geral do Património Cultural (DGPC), salientou que «este ambicioso projeto» é «uma parceria estratégica entre o Ministério da Cultura, através da Direção Geral do Património Cultural, a CML e a ATL, contemplava também a instalação do museu do Tesouro Real nesta ala» que vai permitir «dar a conhecer aos portugueses e ao mundo esta fantástica coleção, com uma história memorável. Foi uma tarefa árdua, sobretudo o tempo necessário para a conclusão de uma obra complexa como esta».

Nos últimos seis anos, João Carlos dos Santos, refere o projeto geral e de especialidades que teve em consideração «a solução para a conceção espacial de um museu, que além da problemática da articulação funcional dos espaços do museu e os aspetos patrimoniais presentes, teve que integrar, desde o início, os aspetos relacionados com a segurança», sendo, por exemplo necessário «definir as especificações técnicas para quase 500 novos vãos com características distintas. A conceção do projeto de estabilidade, dada a proximidade do palácio, e a esbelteza da estrutura, também foi um exercício muito delicado. [O museu] está pousado numa espécie de tabuleiro construído para receber o edifício. Passa por cima da arcada de pedra da entrada, sem pousar ou tocar esta estrutura, uma ponte com 26m de vão».

O Diretor-geral do Património Cultural sublinhou ainda que «o caderno de encargos, muito exigente no plano da segurança, mobilidade, necessidades de conservação e apresentação do espólio, não foi obstáculo», no entanto o projeto de museografia coordenado por Francisco Providência, «não teve uma tarefa fácil». De igual forma, foi «realizado um trabalho invisível de restauro pelo laboratório José Figueiredo, que merece também destaque» para que hoje estivessem apresentadas estas peças.

De acordo ainda com as declarações de João Carlos dos Santos, «ainda há muito para fazer neste palácio» que teve a participação de 150 elementos. «Depois de um investimento de cerca de 31 milhões de euros no Museu do Tesouro Real, o Palácio Nacional da Ajuda vai beneficiar nos próximos anos das verbas do PRR para o Património Cultural. Neste âmbito, está previsto um investimento de mais de 3,7 milhões de euros, nas intervenções de limpeza e intervenção nas fachadas do Palácio, na recuperação do Jardim das Damas e outras obras de recuperação e restauro dos espaços interiores deste magnífico palácio, alguns atualmente encerrados ao público. Em 2025, esperamos ter outras novidades para mostrar», referiu João Carlos dos Santos.

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