No primeiro semestre deste ano, a Mota-Engil somou um volume de negócios de 2.745 milhões de euros, uma subida de 0,5%. Já o EBITDA cresceu 13% para 448 milhões de euros, com uma margem de 16%, e o resultado líquido atingiu os 59 milhões de euros, mais 20% que no ano anterior.
O grupo publicou esta quarta-feira os seus resultados referentes à primeira metade do ano, período “caracterizado por um desempenho operacional a níveis recorde do Grupo num primeiro semestre, e que permitiu, na conjugação dos principais indicadores, os melhores resultados de sempre acumulados a junho”, pode ler-se em comunicado. Destaca a “tendência de crescimento sustentável, focada na rentabilidade e geração de caixa”, reafirmando “a concretização dos objetivos previamente ao delineado no seu Plano de Negócios, o que motivará a apresentação de um novo Plano Estratégico até final do 1.º trimestre de 2026, com novos objetivos e ambições até 2030".
No que diz respeito ao desempenho financeiro, a dívida líquida foi reduzida em 64 milhões de euros, o que melhorou o rácio da dívida líquida/EBITDA para 1,68 vezes (2 vezes definidas no Plano Estratégico do grupo).
Só em África o grupo registou um aumento da faturação de 59%, e de 15% na área do Ambiente. O EBITDA em África registou um crescimento de 77%, impulsionado pela atividade nos seus mercados core e pela expansão do negócio de Engenharia Industrial (+87%), que coloca atualmente o Grupo Mota-Engil como líder nos serviços de Contract Mining no continente africano.
Na Europa, registou uma descida de -18%. O grupo destaca o efeito do desempenho da Polónia no ano passado, cuja atividade foi entretanto alienada. Sem esse efeito, nesta região, teria registado um crescimento de 11% em base comparável, “num mercado como o português penalizado pelos ciclos eleitorais pelo atraso no lançamento de concursos de projetos relevantes”.
No caso da América Latina, e como transmitido no início do ano ao mercado, o grupo “registou uma descida da sua atividade em linha com o expectável dada a conclusão de projetos relevantes, o que foi devidamente considerado no planeamento de 2025 com o início de novos contratos em África, o que, de forma global, reforçou a rentabilidade global do grupo”.
A carteira de encomendas da Mota-Engil era de 14.700 milhões de euros, não incluindo contratos de 1.360 milhões de euros já assinados depois de junho, mantendo-se “em níveis históricos”.
Melhor posição no ranking mundial da construção
A Mota-Engil renova a sua presença na lista das 100 maiores construtoras mundiais no “Ranking das 250 Maiores Construtoras do Mundo” publicado pela Engineering News-Record (ENR), reconhecida publicação internacional especializada sobre o setor da construção. Ocupa a 76ª posição na lista que classifica as empresas pelo seu volume de negócios global e nível de internacionalização.
A empresa atingiu a 24.ª posição entre as construtoras mais internacionalizadas a nível mundial (subindo 11 lugares em dois anos), um feito alcançado pelo crescimento significativo alcançado em África e na América Latina, numa classificação que utiliza o critério de anulação do Volume de Negócios obtido no mercado doméstico.