Licenciamentos

Lisboa e Porto com quebra de 60% nos fogos em licenciamento no primeiro trimestre

Lisboa e Porto com quebra de 60% nos fogos em licenciamento no primeiro trimestre

Os dados conferidos pela Confidencial Imobiliário, no âmbito do Pipeline Imobiliário, são claros: Lisboa e Porto verificaram uma forte quebra na atividade de nova promoção residencial no início de 2022, ambas com um pipeline na ordem de 30 projetos habitacionais propulsores de 250 fogos no 1º trimestre de 2022.

Em termos de número de fogos em carteira, ambos os concelhos, tiveram uma quebra na ordem dos 60% face ao 1º trimestre de 2021, quando por volta de 600 fogos foram submetidos a licenciamento.

Em termos de tipo de obra, Lisboa apresentou maior quebra na construção nova, -75%, a passo que no Porto foi a reabilitação que maior quebra registou, -81%. Lisboa também regista menor atividade na reabilitação, -48%, e o Porto de igual forma nas construções novas, -30%: «em Lisboa, a obra nova gerou 27% dos fogos e a reabilitação os outros 73%. No Porto, essas quotas são inversas, com a obra nova a representar 75% dos fogos e a obra de reabilitação 25%», de acordo com dados conferidos pela Confidencial Imobiliário.

Constatou-se também uma perda de liderança nas intenções de investimento em Lisboa e Porto, dando lugar aos mercados limítrofes: Vila Nova de Gaia foi o concelho com maior volume de fogos em carteira no país, neste trimestre, totalizando cerca de 600 unidades distribuídas por 100 projetos, e, Oeiras, foi o segundo, com 500 fogos integrados em 40 projetos.

De referir que, no primeiro trimestre, em Portugal Continental, foram submetidos a licenciamento um total de 4.200 novos projetos habitacionais, o que corresponde a um volume agregado de 9.300 fogos. Assim sendo, esta carteira transpõe uma desaceleração na atividade de promoção imobiliária, por volta dos 20%, tanto nos número de projetos, como também em número de fogos face ao período homólogo.

No primeiro trimestre, cerca de 90% dos fogos em pipeline no território português é por vias da construção nova, que gerou cerca de 8.200 unidades integradas em quase 3.700 projetos. A obra de reabilitação completa os restantes 10%, com cerca de 1.000 fogos distribuídos por 545 projetos.

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