Entre janeiro e março deste ano, o número de fogos licenciados em construções novas registou um expressivo decréscimo de 23,1%, face ao período homólogo, passando de 9.033 fogos, no primeiro trimestre de 2023, para apenas 6.942 alojamentos, neste trimestre.
De acordo com a Síntese Estatística da Habitação da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN), quanto ao licenciamento municipal, até ao final de março, verificou-se uma redução, em termos homólogos, de 14,5% no total de licenças emitidas para obras de construção nova ou de reabilitação de edifícios residenciais.
No primeiro trimestre, o consumo de cimento no mercado nacional observou um aumento de 2,1%, em termos homólogos, variação que traduz um significativo abrandamento face aos +13,4%, registados nos três primeiros meses do ano.
Apenas no mês de março, a taxa de juro implícita no crédito à habitação fixou-se em 4,61%, o que traduz um aumento de 1,78 pontos percentuais, face ao mesmo mês de 2023.
Relativamente ao valor mediano de avaliação de habitação para efeitos de crédito bancário, no mês de março, verificou-se uma valorização de 6,5%, em termos homólogos, em resultado de variações de 5,7% nos apartamentos e de 9,2% nas moradias
Grande Lisboa
A associação analisou a evolução do mercado na Região da Grande Lisboa, onde o número de fogos licenciados em construções novas, nos doze meses terminados em março de 2024, foi de 3.748, o que traduz uma redução de 11%, face aos 4.209 alojamentos licenciados nos doze meses anteriores.
Destes, 8% são de tipologia T0 ou T1, 34% são de tipologia T2, 40% de tipologia T3 e 18% de tipologia T4 ou superior. Quanto ao valor de avaliação bancária na habitação, verificou-se, nesta região, uma variação homóloga de 3,5% no mês de março.