Urbanismo

Futura Avenida Nun’Álvares tem potencial para criar mais de 1.600 fogos



                      Futura Avenida Nun’Álvares tem potencial para criar mais de 1.600 fogos
Maior operação urbanística em curso no Porto perspetiva uma artéria com 1,5 quilómetros e mais de 1.600 fogos.

Esta é uma das maiores operações urbanísticas em curso no Município do Porto. Prevista há mais de cem anos, a avenida que estabelecerá a ligação entre a Praça do Império e a Avenida da Boavista, no Porto, está finalmente a avançar. Esta UOPG abrange uma área total de cerca de 26 hectares e a sua concretização viabiliza a construção de três loteamentos urbanos.

De acordo com a PDA disponível online para consulta, “o principal objetivo do projeto é a consolidação de uma parte importante da cidade, permitindo o fecho de malhas urbanas e o estabelecimento de ligações viárias, pedonais e cicláveis que há muito tempo se mantém expetantes, disponibilizando novas áreas habitacionais e de espaço público”.

Mais de 1.600 fogos, parques verdes e uma praça em 1,5 quilómetros

Os projetos de loteamento das três unidades de execução (UE1, UE2 e UE3) que constituem a UOPG1 – Nun’Álvares têm o potencial de criar mais de 1.600 novas habitações. 

O loteamento UE1 possui uma área total de 93.989 m² e corresponde ao território entre a Praça do Império e a Rua do Crasto. Está prevista a implantação de nove lotes, dos quais cinco são exclusivamente habitacionais e os restantes quatro podem ter diferentes usos, nomeadamente comércio/serviços e/ou habitação. No que diz respeito à habitação, este loteamento poderá originar 598 fogos, o que representa cerca de 36% da totalidade dos fogos previstos na UOPG1.

O loteamento UE1 poderá também receber os edifícios mais altos de toda a UOPG1, com um máximo de 25 pisos acima da cota da soleira e uma altura máxima da fachada de 100 metros e altura máxima da edificação de 102 metros.

3D da Planta de Síntese do Loteamento UE1 – Vista Poente

Legenda: 3D da Planta de Síntese do Loteamento UE1 – Vista Poente (imagem extraída da Proposta de Definição do Âmbito (PDA) do projeto UOPG1). 

A área do loteamento UE2 é de cerca de 29.192 m² e corresponde ao território entre a Rua do Crasto e a Rua do Molhe, constituindo o de menor área dos três loteamentos que integram a UOPG1. Prevê a implantação de 10 lotes, dos quais nove são exclusivamente habitacionais e um possui a possibilidade de diferentes usos, nomeadamente comércio/serviços e/ou habitação. No total, este loteamento poderá originar 197 fogos, o que representa cerca de 12% da totalidade dos fogos previstos na UOPG1.

Legenda: 3D da Planta de Síntese do Loteamento UE2 – Vista Poente (imagem extraída da Proposta de Definição do Âmbito (PDA) do projeto UOPG1).

O loteamento UE3 é o que possui maior área da UOPG1, com cerca de 140.786 m² e corresponde ao território entre a Rua do Molhe e a Avenida da Boavista. O loteamento proposto prevê a implantação de 32 lotes, dos quais 18 são exclusivamente habitacionais e 14 possuem a possibilidade de diferentes usos, nomeadamente comércio/serviços e/ou habitação, permitindo usos mais flexíveis e escolhas posteriores consoante as necessidades. No total, este loteamento poderá originar 870 fogos, o que representa cerca de 52% da totalidade dos fogos previstos na UOPG1. Nos loteamentos UE2 e UE3 contempla-se a categoria de qualificação do solo “Área de edifícios tipo moradia”, enquadrando-se nas tipologias existentes na envolvente.

Legenda: 3D da Planta de Síntese do Loteamento UE3 – Vista Poente (imagem extraída da Proposta de Definição do Âmbito (PDA) do projeto UOPG1).

Em final de maio, por ocasião da reunião de Executivo Municipal, que aprovou os três loteamentos da futura Avenida Nun’Álvares, Pedro Baganha, vereador do Urbanismo e Espaço Público da Câmara Municipal do Porto, escreveu nas redes sociais que “estas não são operações urbanísticas quaisquer. A aprovação dos três loteamentos integrados na UOPG1 corresponde à conclusão de um longo processo negocial, técnico e burocrático”. E que a “concretização das obras fica agora apenas dependente dos projetos de especialidade das obras de urbanização e do Estudo de Impacto Ambiental, ambos já em curso”.

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