Decorreu a 24 de maio o “Foro Construcía – Expansión: El reto de las empresas ante la economia circular”, dedicado à economia circular como estratégia das empresas. Uma das principais conclusões desta conferência é que ainda há muito por fazer na economia circular, mas o mercado está no bom caminho. Está nas mãos de todos avançar com as estratégias de sustentabilidade.
O evento contou com a participação de José Luis Martínez-Almeida, do Ayuntamiento de Madrid, que explicou que «pela primeira vez na autarquia de Madrid, existe uma estratégia de sustentabilidade ambiental. O Madrid 360, que inclui 184 medidas de mitigação e adaptação às alterações climáticas».
Segundo o responsável, a economia circular não deve ser implementada só nas empresas, é também um a necessidade «do conjunto da sociedade e de quem tem responsabilidades institucionais, para criar as condições adequadas para que a economia circular se possa desenvolver».
Participando no evento, Pablo Sainz de Baranda, diretor geral e cofundador da Construcía, chamou à atenção para a grande oportunidade que a economia circular gera no relançamento do setor da construção, gerando sólidos benefícios económicos, ambientais e sociais.
Numa das mesas redondas de debate, foi tema central “Como financiar a circularidade e o seu efeito na redução dos riscos financeiros”. Participando na discussão, Aitor Jáuregui, da Blackrock, comentou que «existe maior harmonização nas medidas sobre o impacto da circularidade dos ativos. Em mercados privados, tanto de venture capital como de fundos ou empréstimos bancários, o número de fundos verdes multiplicou-se por 10 desde 2016», salientou.
Antoni Ballabriga, diretor geral de Negócios do BBVA, comentou que as mudanças são necessárias ao nível legislativo, tecnológico, de comportamento dos cidadãos e de financiamento: «as entidades financeiras europeias vão ajudar-nos a medir a circularidade, e já existem ferramentas que nos estão a ajudar com este objetivo».
Outra das mesas de debate que se realizou focou-se na “Circularidade como parte da estratégia empresarial”. Vanessa Prats, da P&G, destacou o aumento do nível de exigência do consumidor nos últimos anos em matéria de sustentabilidade: «a economia circular é um compromisso de todos, instituições, governos, empresas e consumidores».
“Como chegar à circularidade e as suas implicações, riscos e benefícios” também deu mote ao debate. Mónica Chao, diretora de Sustentabilidade do Ikea, salientou que «quando falamos de economia circular, falamos de minimizar a quantidade de matérias primas virgens que introduzimos nos nossos processos. Falamos de eficiência e da qualidade dos produtos. A transição da economia linear para a circular será uma oportunidade para que venha algo melhor».