A construtora dst, do dstgroup, assinou esta semana em Braga um protocolo de cooperação com a Cruz Vermelha Portuguesa (delegação de Braga) e o Alto Comissariado para as Migrações, I.P. com vista à criação e desenvolvimento de um programa-piloto de Desenvolvimento de Habilidades Profissionais, no âmbito do Desafio de Cariz Humanitário que apoia crianças e jovens provenientes do campo de refugiados na Grécia.
Este programa destina-se a apoiar 10 jovens com mais de 16 anos que vivem desde outubro de 2020 em Vila Verde, numa Casa Residencial de Acolhimento Especializado, da responsabilidade da delegação de Braga da Cruz Vermelha Portuguesa, e pretende capacitá-los para promover maiores oportunidades de obtenção de emprego e de integração na comunidade.
O programa vai decorrer a partir de 10 de maio e durante um ano, com um horário de 20 horas semanais, distribuídas diariamente pelo período da tarde (dias úteis) entre as 14 e as 18 horas.
O dstgroup afirma que pretende «cooperar de forma ativa neste programa de potenciar capacidades, acolhendo na sede da empresa os jovens estudantes e concederá um donativo à Delegação de Braga da Cruz Vermelha Portuguesa, como contribuição pecuniária no valor de 438.81 euros por cada um dos participantes que integre o programa piloto. Este valor reverterá na sua totalidade para os jovens».
A par disso, a empresa «facultará aos jovens os conhecimentos técnicos, administrativos e a assistência que considerar necessários para a prossecução e realização de sucesso desta iniciativa, oferecendo ainda seguro de acidentes pessoais e também transporte e refeições aos jovens participantes, nos dias em que se encontrem em execução de funções. A dst solicitou previamente que os jovens fossem auscultados em matéria de interesses, de forma a enquadrá-los em profissões de que gostassem, nomeadamente nas áreas de metalomecânica, alumínios nos revestimentos e fachadas, mobiliário de madeira, eletricidade e avac».
Em comunicado, José Teixeira, Presidente do dstgroup, afirma ter «esperança de que estes refugiados possam no futuro manter-se connosco. É nosso dever acompanhá-los, na ausência das famílias. Fazemos isto por dever social, mas com enquadramento de interesse económico, ajudando-os a crescer». Salienta ainda que «somos um país de imigrantes e meu pai também o foi, por isso, adoramos ser bem recebidos. Assim, é nossa obrigação também acolher como gostamos que nos acolham quando estamos a trabalhar fora da nossa pátria».