Os custos de construção de habitação nova aumentaram 11,2% em janeiro deste ano, em termos homólogos. Regista-se um aumento de 0,3 pontos percentuais, face a dezembro. Esta é a estimativa avançada hoje pelo INE, relativamente ao mês de janeiro de 2023.
Com este destaque, o INE indica que apresenta «uma nova série do Índice de Custos de Construção de Habitação Nova (ICCHN) tendo como ano base 2021=100, substituindo a anterior base 2015=100. De forma a manter a leitura e comparabilidade temporal da informação, a nova base foi retropolada até 2000, o ano de início da base anterior».
Custo da mão de obra com aumento superior ao preço dos materiais
Em janeiro, os preços dos materiais aumentaram 10,4%, desacelerando 3,7 p.p. face ao mês anterior e o custo da mão de obra aumentou 12,4% (6,7% em dezembro de 2022). O Instituto Nacional de Estatística (INE) nota que «o significativo aumento do custo de mão de obra não pode ser dissociado do aumento do salário mínimo (7,8%) em janeiro de 2023».
Com base nos dados do INE, o custo dos materiais contribuiu com 6,0 p.p. para a formação da taxa de variação homóloga do ICCHN e a componente mão de obra com 5,2 p.p.
De referir que o cimento foi um dos materiais que mais influenciou esta variação, com um crescimento homólogo do preço de cerca de 30%. Também as madeiras e derivados de madeira, verificaram variações superiores a 20%, e o betão pronto, com um crescimento perto dos 20%.
No mês em análise, a taxa de variação mensal do ICCHN foi de 1,4%, com o custo dos materiais a manter-se inalterado e o custo da mão de obra a aumentar 3,5%.