Os custos de construção voltaram a subir em Portugal, prolongando a pressão sobre o mercado habitacional. Em agosto deste ano, construir uma casa nova custava mais 3,8% do que no mesmo período de 2024, segundo dados divulgados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Apesar de representar um ligeiro abrandamento face a julho (menos 0,9 pontos percentuais), o aumento continua expressivo. O preço dos materiais avançou 0,9% (1,5% no mês anterior), enquanto o custo da mão de obra registou uma subida de 7,3% (-1,2 p.p. face a julho).
O gabinete nacional de estatísticas informa ainda que, no mês de agosto, o custo da mão de obra contribuiu com 3,3 p.p. (3,9 p.p. no mês anterior) para a formação da taxa de variação homóloga do ICCHN e os materiais registaram um contributo de 0,5 p.p. (0,8 p.p. em julho).
Entre os materiais que mais influenciaram positivamente a variação agregada do preço estão os vidros e espelhos, com uma subida de cerca de 30% e os materiais de revestimentos, isolamentos e impermeabilização e o betão pronto com uma subida de cerca de 5%.
Em sentido oposto, destacaram-se os betumes e os produtos cerâmicos com uma descida de cerca de 10%, e os tubos de PVC, a chapa de aço macio e galvanizada e as tubagens de aço, de ferro fundido e aparelhos para canalizações com uma descida de cerca de 5%.
Quanto à variação em cadeia, a taxa de variação mensal do ICCHN foi de -0,3% em agosto de 2025, 0,8 p.p. inferior à registada no mês anterior. Tanto o custo dos materiais como o da mão de obra desceram 0,3%. A mão de obra contribuiu com -0,1 p.p. para a formação da taxa de variação mensal do ICCHN, enquanto a contribuição do preço dos materiais foi de -0,2 p.p.