O mercado da construção e do imobiliário continua a mostrar-se resiliente em contexto de pandemia, e foi mesmo considerado «um dos setores com melhor desempenho no contexto da atual crise sanitária».
Esta é uma das conclusões do mais recente Guia do Mercado Laboral 2021, da Hays, grupo internacional de recrutamento de profissionais qualificados e especializados.
Segundo a empresa, «Portugal continua a ser um dos países mais atrativos para estes investimentos, algo que fortaleceu o setor e o permite ser uma fonte de esperança para a economia nacional, amenizando as consequências sentidas pela pandemia».
João Fonseca, Section Manager na Hays Portugal, salienta que «a digitalização e a aposta nas energias renováveis foram a grande tendência deste mercado neste último ano e em muito contribuíram para este bom desempenho. O setor começou a investir mais na profissionalização e na digitalização. Simultaneamente, a construção de parques solares e eólicos influenciou a contratação de engenheiros especializados nestas áreas», cita o idealista/news.
O relatório também destaca que o ano do setor «foi marcado por obras públicas de grande dimensão e por obras privadas no segmento residencial, cujo impacto positivo em muito contribuiu para este bom desempenho».
O setor continua, no entanto, a enfrentar a incerteza da pandemia, que pode sempre atrasar alguns investimentos e financiamentos. Mas João Fonseca acredita que «para resistir a uma possível recessão, o ano de 2021 conta com os setores do imobiliário, construção e investimento público, que têm dado sinais de serem as áreas que melhor estão a sobreviver ao impacto da pandemia».