No último trimestre de 2021, 32% das empresas do setor da construção em Portugal reportaram à AICCOPN um crescimento da atividade, mais 2% face ao trimestre anterior.
Segundo o Inquérito à Situação do Setor, levado a cabo pela associação, o 4º trimestre do ano não registou alterações significativas face aos trimestres anteriores. 58% das empresas indicaram que a sua atividade estabilizou neste trimestre, menos 2% que no trimestre anterior, e 10% reportou um decréscimo da atividade, valor idêntico ao do 3º trimestre.
Segundo a AICCOPN, os principais constrangimentos à atividade mantêm-se. No setor das obras públicas, 70% das empresas apontam a falta de mão-de-obra especializada, e 63% o aumento dos preços das matérias-primas e dos materiais de construção.
A escassez deste tipo de produtos é apontada por 44% das empresas, e os preços-base demasiado baixos dos concursos públicos é também um fator destacado. Segundo a AICCOPN, realça-se ainda no inquérito o «significativo crescimento» dos constrangimentos provocados pela pandemia, apontados por 30% das empresas, valor muito superior aos 11% registados no trimestre anterior.
Já nas obras privadas, 82% das empresas destacam o problema da falta de mão-de-obra especializada, e 70% o aumento dos preços dos materiais. 53% destaca a escassez de matérias-primas e dos materiais de construção. E, assim como no segmento das obras públicas, crescem as queixas relacionadas com os constrangimentos provocados pela pandemia, com 39% das empresas a apontar este fator, que compara com os 11% do 3º trimestre do ano.
No total de 2021, o investimento no setor da construção subiu 3,5%, crescimento que compara com os 1,6% de 2020, mostra a Conjuntura da Construção – Informação Rápida da AICCOPN.