O volume de concursos de empreitadas de obras públicas promovidas até ao final de setembro regista uma redução de 15,9% em termos homólogos e o volume de contratos celebrados e registados no Portal Base regista uma variação homóloga temporalmente comparável de -36,5%.
A AICCOPN avançou esta terça-feira que a atividade do setor da construção e imobiliário está a par com a evolução da economia. De acordo com a estimativa rápida do Produto Interno Bruto relativa ao 3º trimestre de 2022, houve um crescimento de 0,4% face ao trimestre anterior «refletindo um contexto de abrandamento do consumo privado e do investimento e de aceleração dos preços no consumidor».
Apesar dos constrangimentos associados ao aumento dos preços das matérias primas, energia e materiais de construção, a evolução dos principais indicadores relativos à atividade do setor «tem-se mantido globalmente positiva», indica a entidade.
Neste sentido, não se registam alterações significativas no mercado das obras públicas, mantendo-se os registos de queda nos concursos e nos contratos de empreitadas celebrados. O consumo de cimento no mercado nacional atingiu 2.922 milhares de toneladas até ao final terceiro trimestre, o equivalente a um aumento de 1,9%, face a igual período do ano anterior. Verifica-se, de igual modo, uma evolução positiva no que diz respeito ao licenciamento municipal.
De notar o aumento de 1,6% do número de fogos licenciados em construções novas, para um total de 20.258 alojamentos e uma estabilização ao nível da área licenciada, com uma variação de apenas -0,1%, em termos homólogos acumulados.
A Associação revela também que, em agosto, os custos de construção de habitação nova aumentaram 12,6%, em termos homólogos, em resultado de variações de 16,6% na componente de materiais e de 6,9% na mão de obra.
Até agosto, o montante de novo crédito à habitação concedido pelas instituições financeiras soma 10,9 mil milhões de euros, um aumento de 11,4% face ao montante registado no período homólogo do ano transato.