A Câmara Municipal de Coimbra tem em marcha um investimento de cerca de 43 milhões de euros em obras de reabilitação e construção nova de habitação pública.
Durante uma visita à Quinta das Bicas, localizada em Taveiro, nos arredores da cidade, a vereadora da Habitação, Ana Cortez Vaz, fez o ponto de situação das várias obras municipais financiadas pelo PRR, segundo avançou a RTP. A Quinta das Bicas é atualmente uma das maiores intervenções em curso, com a construção de 268 fogos e um investimento de 35,68 milhões de euros.
A este projeto junta-se a aquisição de 28 lotes de terreno, num valor estimado em 3,7 milhões de euros. Ana Cortez Vaz destacou ainda a intervenção no Planalto do Ingote, já concluída, que envolveu a reabilitação interior de 105 fogos nos bairros do Ingote e da Rosa, num investimento de 3,58 milhões de euros.
Segundo a autarca, está também em andamento a terceira fase da reabilitação de 26 moradias, acompanhada da construção de uma nova habitação no Bairro de Celas. A obra apresenta uma taxa de execução de 37% e um investimento de 2,99 milhões de euros.
No Bairro da Fonte do Castanheiro, foram já concluídas 10 das 33 moradias unifamiliares incluídas na primeira fase da operação. No total, esta intervenção abrangerá 54 habitações municipais, com um investimento de 4,8 milhões de euros.
Somando as obras já concluídas e as que estão em curso, e no âmbito do programa 1º Direito financiado pelo PRR, a autarquia espera reabilitar 164 habitações e construir de raiz outras 269.
"É para nós uma grande satisfação podermos proporcionar casa a mais de 300 famílias, mitigando muito o problema da falta de habitação camarária no nosso concelho. Depois de durante muitos anos não se ter construído uma única habitação camarária nova, estamos a construir agora 269", referiu o presidente do município, José Manuel Silva. Ainda segundo o autarca, face à densidade populacional, Coimbra é o concelho "que está a apostar mais em novas habitações camarárias".
Na mesma sessão, questionado pela agência Lusa sobre as tipologias de acesso aos empreendimentos municipais, José Manuel Silva explicou que "queremos tirar o estigma do social, que minimiza as pessoas e cria um rótulo, é habitação camarária, é habitação condigna para as pessoas que necessitam deste apoio nas suas vidas".