Aquela que é apontada como a maior residência estudantil pública do país está a ganhar forma em Braga, sob a responsabilidade do Grupo Casais. A construção já decorre e tem conclusão prevista para o verão do próximo ano. Adjudicado por 25,51 milhões de euros, o projeto integra dois edifícios: um resultante da reabilitação da antiga Fábrica Confiança e outro construído de raiz.
O novo edifício, desenvolvido segundo o modelo de construção industrializada CREE, assenta num sistema híbrido de madeira e betão que integra diversos componentes pré-fabricados: escadas, estrutura e fachadas CREE, instalações sanitárias, paredes divisórias e racks MEP. A montagem em fábrica permite a futura desmontagem e reaplicação dos elementos noutros contextos. Para tal, a Casais introduz parâmetros de identificação digital dos componentes, através da metodologia BIM, que reduz desperdícios e promove a reintegração de elementos construtivos em novas edificações.
O edifício contará com 252 quartos individuais, 222 duplos - 19 adaptados a pessoas com mobilidade condicionada - e dois triplos também acessíveis, totalizando 476 unidades de alojamento para 702 residentes. Inclui ainda 15 cozinhas comuns, seis salas de estudo, uma ampla zona de convívio e refeições em open space voltada para o edifício existente, além de espaço exterior de lazer e lavandaria comum.
No edifício existente, que corresponde ao antigo espaço da Fábrica Confiança, serão preservadas as fachadas e elementos estruturais originais. Este edifício contará com 25 unidades, com capacidade para 84 pessoas, incluindo quartos adaptados e tipologias destinadas a estudantes de pós-graduação e docentes. O projeto inclui ainda uma sala de convívio, uma sala de estudo adaptativa a biblioteca, espaço de refeições, zona de confeção de refeições comum, restaurante de carácter externo opcional, lavandaria, pequeno ginásio e uma zona museológica.
Segundo António Carlos Rodrigues, CEO do Grupo Casais, “o maior desafio deste projeto é conciliar a preservação do edifício histórico com a construção do edifício de raiz, garantindo ao mesmo tempo funcionalidade, sustentabilidade e conforto para os futuros residentes. É um projeto que exige planeamento antecipado e rigor em todas as fases da obra, mas que muito nos orgulha. Aos construirmos esta residência estamos a apoiar as novas gerações, dando-lhes mais condições para estudar numa das regiões que mais recebe alunos de outros pontos do País”.